Capítulo 45

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Rafael

Abafei um rugido com a mão dele. Depois fiz questão de colocar três dedos na minha boca.

- Você vai me matar assim - Gideon gemeu.

Não era assim que eu tenho planejado, penso.
O carro está apertado, mas quem quer uma coisa pode consegui-la de qualquer maneira. Saímos dos bancos da frente há alguns minutos, o corpo de Gideon está brilhando devido ao suor mesmo que ele esteja sem roupa. Meu corpo não está diferente, ainda mais quando meus movimentos são urgentes. Se eu tenho essa pessoa, a pessoa que meu corpo fica em chamas, em cima de mim ou embaixo, dos lados ou se quer nos meus braços eu não devo medir meus movimentos, a velocidade é uma arte, o sexo é uma tela em branco que precisa de dois artistas. Gideon e eu fazemos o nosso melhor nisso. Forte, rápido, lento depois, torturante e molhado. Havia tantas coisas que podiam atrapalhar esse momento, mas tudo foi colocado para fora. Não tem nada que excite mais do que o perigo.

Quando sinto que estou perto começo a ir dolorosamente mais devagar. Gideon fica manhoso nos meus braços e eu impesso sua cintura de ir mais rápido a cada movimento, eu já o deixei no controle por tempo demais. Agora eu comando.

- Coloque sua boca na minha orelha. - Digo.

Prontamente ele obedece.

- Agora - sussurro - me fale se está sentindo eu saindo e entrando em você.  Mais rápido ou mais devagar?

- Mais rápido. Por favor. - Gideon sussurra de volta, está tentando fazer com que sua cintura se mova mais rápido.

Mesmo com a mão suada eu consigo mantê-lo no lugar.

- Não. Vamos devagar. Consegue adivinhar quantas marcas eu já deixei no seu corpo? Faz ideia do quanto é difícil para mim me controlar perto de você?

Agarrei seus cabelos com uma mão e com a outra deixei sua cintura parada. Eu pulsava dentro dele, eu sentia sua entrada contraindo também. Estávamos a um instante do ápice e mesmo assim, ainda mais em chamas como se fosse o primeiro momento ou a primeira vez.

- Quantas? - Murmurou na curva do meu pescoço. Sua língua passeava por aquela área e estava me deixando louco. Cada vez com os pensamentos menos coerentes.

- Dezenas. Mas minha meta são centenas.

Foi então que seus lábios encostaram no meu lóbulo, a voz rouca dele tomou conta de tudo. A única palavra que ele me disse me fez gozar como nunca.

Rafael, Rafael, Rafael...

***

Chegamos atrasados, mas não tanto. Entreguei meu casaco ao primeiro homem que vi, ele olhou para nós com reprovação mas foi sábio em se manter calado em relação a isso. Passamos por um corredor extenso banhado por luzes amarelas e quadros nas paredes. Não parei para prestar atenção em nenhum. Eu estava concorrendo a uma das categorias, talvez a penúltima da noite.
Gideon estava tentando acompanhar meus passos, dava para ver que ainda está incomodado pelos jornalistas na entrada que perguntaram se ele era meu acompanhante. Uma pergunta simples, mas Gideon começou a gaguejar e tive que salvá-lo daquilo.

A mesa dos meus pais e irmão era uma das maiores já que toda a família - menos Davi, Will e Taiwan - estão aqui.

- Gideon! - Minha mãe levanta-se para dar um abraço em mim e no meu acompanhante.

Já meu pai... Ele tinha os pensamentos dele. Depois que todos cumprimentaram Gideon nos sentamos. Recebi um coquetel um minuto depois. Gideon entrou em uma conversa animada com Hall e minha mãe enquanto meus irmãos estavam olhando para mim com malícia. Estendi meu dedo do meio na falta de um palavrão adequado.

Minha Submissão | Série Irmãos Laurent-(Livro 4) (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora