O meu mais belo tinderello

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É impossível falar nele sem sorrir com uma alma. Belo fala com os olhos, existe algo entre nós que posso definir sem dificuldades, ternura. Quando o olhava ou o lembro do olhar dele me sinto acolhida.

Tudo começou com um bate-papo leve e divertido. Ele me falou estar recém-separado, pensar comigo, está no momento portefólio. Momento portefólio é aquele que os homens criam agendas para rodízios sexuais. Lembro que falei isso para ele e o belo me respondeu com a sem-vergonha mais emperobada do mundo que eu tinha razão. E continuamos conversando. Ficamos tão próximos, tão amigos e foi bom isso. Ele me contava tudo. Lembro que uma vez no aplicativo o belo simplesmente conheceu a vizinha e fiquei interessada como se deu a localização no aplicativo.

Eram calcinhas deixadas nos quartos, ligações, recebimentos de encontros e desencontros entre as moças do portefólio, uma zona só. O que admirava, era que ele não enganava ninguém, deixava isso claro para todas.

Era divertido

Uma vez ele falou ir conhecer uma mulher, me mandou uma foto de como estava, para que eu aprovasse.

Reparei o abajur ao fundo, rimos muito.

Ele estava bonito, mas o abajur era de pé, eu queria muito um daquele para o fundo de uma poltrona.

No outro dia questionei sobre o encontro, claro. Ele curtiu!

Lembro que ele me mandou a foto dela, me simpatizei na hora, tive um bom pressentimento e falei isso para ele.

Eles aparecem a sair com frequência, ele se perdeu entre o gostar e a liberdade, mas o belo cedeu à porra da magia do amor.

E começou a se envolver com a bela, também não esperava nada muito diferente disso, o belo não tinha jeito de pegador, era apenas um personagem transitório.

E quando vi, estavam bem próximos, apresentaram os filhos e seguiram.

Mas essa história não termina aí.

Vale lembrar que antes de entrar em um aplicativo somos todos humanos e não deixamos de ser por isso. Relações vão além de um ícone no celular.

Marcamos de nos conhecer!

Marcamos de ir ao teatro e fomos. Lembro que assistimos um espetáculo lindíssimo, divertido, imaginem que o diabo visita um prostíbulo no sertão, o espetáculo até ganhou um importante prêmio de comédia. Lembro estarem de mãos dadas, fazendo carinhos enquanto rolava a peça, adorei aquilo.

Antes do espetáculo comemos uma pizza e tomamos uns drinks.

Ao Acabar o espetáculo, nos encontramos com outro amigo meu e paramos em um bar dançante LGBT em Copacabana.

O belo e a bela entraram sem problema nenhum.

Esse bar foi apresentado por um amigo. Meu amigo Ro será mencionado aqui algumas vezes, ele deixou de ser amigo e virou irmão da vida, aquele que escolhi para ser.

O espaço se chamava Tv Bar, era divertidíssimo, o banheiro era unissex, tinha telões que apresentavam os clipes enquanto as músicas tocavam. As músicas iam de Maria Bethânia a eclética banda Pet Shop Boys!

Como dancei ali, por conta da pandemia, fechou, mas OREMOS!

Naquela noite eu, a bela, o belo, Ro entre outros dançamos até gastar nossas solas de sapatos.

Aquilo foi tudo de bom, paramos em uma pizzaria no final da madrugada. Parecíamos uns zumbis. Foi ótimo aquilo.

Bebemos um bocado, nossa estreia precisava de algo do nível.

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