Quatro anos de espera

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A vida é mesmo engraçada, e cíclica, impossível não reconhecer que o que é do homem o bicho não come, pode durar o tempo que for, no momento certo, o universo se encarrega de trazer o que é seu, independente do tempo que isso durará. 

Foi assim com C. 

Conversamos muito quando demos match quatro anos atrás, por algum motivo, que eu não lembro, desisti de conhecê-lo. Se não me engano, supunha que ele tinha alguém. O que não mudou muito, ele tem um jeito 171, segundo o código penal tão cantado pelo grande Bezerra da Silva, combinando muito com ele, afinal trata-se de um advogado, concursado!

E o match aconteceu novamente, ele não lembrou de mim, mandei meu WhatsApp, pela voz ele me reconheceu. O tom da voz dele mudou, ficou perceptível a dose de emoção.  Foi legal, diferente.  Notei o mesmo C de antes, nada mudou, e pelo que ele me falou, também não mudei muito, segundo ele, continuo com o mesmo "pavio curto". 

Continuo pensando que ele é mais enrolado que carretel. Fazer o quê?

Combinamos de nos encontrarmos, bebermos um vinho e ele aceitou. 

As vinte e duas horas de um sábado chuvoso no Rio de Janeiro, ele chega. Pensei que ele fosse mais alto, estava bem trajado.  Interessante, ele não era diferente das fotos, se bem que também já tinha visto ele em vídeo chamada. C estava em plena forma, para  a idade dele, tríceps e bíceps rígidos, raro eu achar a nudez do homem algo belo, mas C chamou minha atenção. 

A verdade é que marcamos de transar, eu não tinha outras coisas em mente com ele. C chegou, abri uma garrafa de vinho rosè, servi uma taça, enquanto eu terminava um gim, com tônica,  pimenta rosa, chá de maça e muito gelo. Fomos para a segunda garrafa, um tinto. C bebe bem, isso muito me agrada, adoro homens que sabem beber, era o caso dele. 

Conversamos muito, ele falou algumas coisas sobre a vida dele, ri e debochei de algumas até que rolou o beijo na cozinha, foi bom e voltamos a beber enquanto escutávamos músicas. Ele queria ouvir Djavan, eu não suporto, embora o admire. Fomos de Carla Bruni, a ex de Sarkosy, ex presidente francês. 

Conversamos até mais não aguentarmos, C fala que sou profunda, mas fala que dialogo com ele de maneira muito vulgar, imagina se vou ficar gastando meu tempo com papos intelectuais com alguém que parece comer/fuder o Rio de Janeiro inteiro. Se bem que falamos de Moema e Caramuru, Hamlet, Jorge Amado, entre outros...

Resolvi tomar banho, ele ficou na sala esperando. Fui direto para o quarto. Ele também, risos. 

Eu usava uma túnica branca, curta, com mangas vazadas, sem nada por baixo. Aquilo foi ótimo. Começamos a transar. C era gostoso de tocar, pele lisa, músculos que gritam, dançam, foi possível sentir os desenhos deles, os relevos criados por execícios, nada demasiado, um corpo com a medida correta. Uma delícia! 

Ele tinha um gemido gostoso, ainda mais quando gozava, os músculos ficavam ainda mais em evidência e a voz engrossava, uma bela paisagem. Acordou e me deu trabalho, mas fez o próprio café.

Ainda bem!

Acordou bem-humorado, julgo isso uma maravilha. Foi embora após comer uma tapioca e saborear o café em uma xícara de cor branca com desenhos de flores vermelhas. 

Gostei do C. 

No começo da tarde, uma mensagem chegou.

[13:37, 01/05/2022] C: Boa tarde! Obrigado pela estada... vc é exatamente como imaginei.

[13:37, 01/05/2022] C: Um mulherão...

[13:37, 01/05/2022] C: Bjs


Respondi,

[13:38, 01/05/2022] Paty Lopes: Ahhhhh

[13:38, 01/05/2022] Paty Lopes: Que carinhoso...

[13:39, 01/05/2022] Paty Lopes: Deixei de ser vulgar...

[13:40, 01/05/2022] Paty Lopes: Confesso que adorei a cia, foi tudo bem melhor do que pensei...

[13:40, 01/05/2022] Paty Lopes: Beijos C...









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