Ele é bom no que faz

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Vou começar falando sobre essa pandemia horrorosa que parece não terminar. Parei um tempo de escrever, me vi mergulhada no momento mais traumático da minha vida. Quase todos os brasileiros perderam alguém amado, foi o meu caso. Exatamente por isso me dei um tempo. Um tempo no ostracismo, para que eu pudesse me reencontrar, uma necessidade que nasceu em meu íntimo. Tenho ainda um grande caminho para percorrer, porque não é muito fácil encarar certas ausências em nossas vidas.

Parte da minha família resolveu viajar no final do ano e eu não podia deixar a cadela que era da minha mãe sozinha, fiquei em casa ao lado dela no natal e no ano novo. Pus meu espírito em teste, sobrevivi, me sinto mais forte, mais eu.

Nesta semana de solitude conheci o rapaz, simpático e com uma escrita gostosa, assertiva, que me chamou muito atenção. Ele não tinha muitas fotos, foi no WhatsApp que percebi um pouco da beleza dele, do corpo dele, para ser mais direta, um trapézio que fez meu pisca-alerta ligar de imediato. Um homem de quarenta e sete anos com a fisionomia de trinta  e um corpo de vinte cinco. Unbelievable!

Ele era esperto e pediu para fazer uma videochamada, aceitei. Simpático e agradável. O copo que ele bebia água era o mesmo que os meus. Usava uma camisa preta e um relógio esportivo, ele era bonito e simpático, também caliente, isso ficou perceptível até mesmo através da câmera.

Continuamos a conversar e marcamos de nos encontrar no dia vinte e três de dezembro. Foi nesse dia que acreditei em Papai Noel, ele me presenteou com força!

Esse homem chega em minha casa com uma camisa que deixava em evidência seus braços musculosos, aqueles bíceps milimetricamente perfeitos, seu abdômen traçado e para matar a pau um olhar devorador. Quase tive uma síncope e pela primeira vez perdi completamente a noção de como agir.  A beleza dele me inibiu, ele era um homem lindo, além de educadíssimo. 

Ao entrar me devorou com os olhos e com a boca, eu tomava um rosè, já estava animada, mas mesmo assim, eu me vi como uma menina sem atitudes, totalmente inibida. 

Ele não demorou a fazer o que queria, transar, me foder, me comer, trepar, chamem como quiserem.

Fomos para o quarto e foi lá que dei conta da minha sorte. Ele era incansável, sabia fazer, transava como um cavalo com um pau perfeito, tanto no tamanho como na largura, que diâmetro meu Deus! 

Ele me levou ao céu através daquele pau teso, gozos pompéicos tivemos naquela noite/dia.

Acordei dolorida, torta, a gente sabe, novinhas até o chão e as velhinhas até o meio, mas na hora H, quem disse que queremos pensar na lombar, no internos de coxa ou costas?

E toma relaxante muscular depois! 

Ao acordar o sexo foi tão bom quanto o da noite, ele foi ardente novamente. 

Ele me convidou para tomar o segundo café da manhã na rua, o primeiro comemos na minha casa. Como continuamos a transar umas duas a três horas sem parar, a fome voltou. Ele muito educado me convidou para irmos à rua e comermos algo. Eu não queria, mas ele me convenceu!

Comi um pão com rosbife, rúcula e azeite. Muito bom!

Já era dia vinte e quatro de dezembro, ele não aceitava eu ficar em casa e me convidou muitas vezes para a ceia de natal na casa dele, acho que ele sentiu pena, algo assim, mas eu precisava ficar comigo naquela noite. 

Agradeci e confesso que nunca vou esquecer essa gentileza e humanidade que partiu dele, mesmo tendo me conhecido no dia anterior.

Eu me despedi e disse que não mais o procuraria.

Ele naquela noite de natal através de uma mensagem, disse que eu não estava sozinha, foi carinhoso e sumiu. 

Bloqueou-me, logo desbloqueou e me desejou feliz ano novo, em seguida virou estrelinha, sumiu. Nós seres humanos somos muito inexatos, aliás penso que essa é uma das nossas maiores características e gosto disso, estamos em evolução por isso explica-se a inexatidão. 

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