O M de Macaé

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Esse match foi divertido. M foi rápido, ele parecia sem freios. Ele era um surfista, então seu linguajar era cheio de gírias do meio, o que me fazia rir. Ele era simpático. Falou morar em Macaé e estava por lá. Ele tinha uma empresa. Macaé fica a cento e oitenta quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, onde moro. Ele disse que viria ao meu encontro, o doido veio mesmo!

Ele tinha um apartamento na zona sul do Rio, combinamos de nos encontrarmos. Ele disse que traria vinho e champanhe. 

Marcamos de nos encontrar antes. Como ele foi agradável comigo, muito além da conta, partimos para o apartamento. 

Lembro que pesquisei sobre a empresa dele e depois através das páginas sociais, percebi ter a oportunidade de conhecer uma pessoa fascinada na família. Solteirão convicto, no entanto, apegado aos pais, irmãos e sobrinhos. 

Raro isso ...

Também vi fotos dele em viagens para o exterior, todas em busca de picos de ondas ovacionadas por surfistas de todo mundo!

Ao entrar no prédio, o zelador parecia ter uma certa intimidade com M, pois um belo sorriso foi trocado entre eles, palavras de boas-vindas também. Curti aquilo!

Ao entrarmos no apartamento vi um porta retrato com ele e a família em uma mesinha de canto, eram todos muito bonitos. O apartamento era lindo. Ele lembrou que não tinha saca-rolhas e descemos em busca de um, já era tarde, entramos em um boteco ao lado do prédio e abrimos a garrafa por lá mesmo.

M ligou a tv quando voltamos ao apartamento, que era compacto, mas bem decorado. Colocou em um canal de músicas que só tocava rock, o que adoro.

E começamos a beber. Em um determinado momento pegou uma mochila e disse ter uns presentes para mim. Achei aquilo engraçado, mas tinha mesmo. Eram três gatinhos talhados na madeira, um amarelo, outro verde e o último vermelho, todos com um sininho no pescoço, minha mãe adora esses gatinhos. Estão em uma prateleira do meu banheiro.

Não eram só os gatinhos, tinham mais coisas. Me deu vários anéis de madeira de coco esculpidos flores, uma pulseira de madeira com delicadas flores azuis pintadas e três pares de brincos que adoro, tudo da Tailândia!

M era diferente. Já ficando estávamos animados com o álcool, já era a segunda garrafa, quando ele simplesmente tirou a roupa, detalhe, com janelas e varandas escancaradas.

Não me preocupei, deixei ele tirar as minhas também.

 Transamos, transamos naquela sala e naquele quarto. Transamos de madrugada, ele não negou fogo não!

Acredito que de manhã também, não estou certa.

Enquanto eu tomava banho, ele desceu e comprou pães, queijo, presunto e uma omelete de queijo, cebola e cheiro verde, uma delícia!

Um suco de uva também.

Saí da casa do M direto para uma reunião em uma escola de costura aqui no Rio. Essa escola conheci através de uma semana de moda que se chama Fashion Revolution. Acho legal falar disso, penso ser pertinente. Essa feira é internacional e fala a respeito do consumo desenfreado da moda. O objetivo do movimento é mudar a forma como roupas são executadas, produzidas e compradas. Respeitando o universo!

M me recepcionou muitíssimo bem e fez valer a pena aquela noite, em todas as esferas. Ele está em uma das minhas páginas sociais, sempre com o mesmo estilo, sol, ondas e pessoas que indubitavelmente gostam dele. 


#continuasolteiro




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