O homem do olhar do peixe morto

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O homem do olhar de peixe mortoEle era de Niterói, era engenheiro, conhecia o mundo inteiro, mas ao conhece-lo pessoalmente,tinha aquele olha de peixe morto, de uma panda, tamanha olheiras. Estranho e altamente desestimulador.O conheci no restaurante.Combinei com ele no mesmo restaurante da Tijuca que costumo ir. Degustamos um vinho, em alguns momentos, perguntava se ele estava com sono, ele respondia estar animado, mas aquela imagem de cansaço não me engava bem. Ele tinha um nome indígena, parecia ser feminino, era uma sensação estranha quando eu precisava chamá-lo, em outros países é normal, mas a nossa é diferente. Conheci um tal Andreas, era grego. Enfim, lembro que comemos algo. Ele se oferecia, eu não cortava, mas também não respondia à altura.Quando acabou o vinho, agradeci a Deus, afinal eu ia embora.Ele me convidou para passarmos a noite juntos, nem pensar, além do olhar de peixe morto notei que também tinha barba para fazer, ia sair toda arranha, não curto!Ele tentou outros encontros, mas não gostei mesmo.Fico a pensar, por que temos uma boa conexão no chat e quando nos aproximamos da pessoaaquilo parece seguir um rio diferente do que você estava navegando?Parece estar conversando com alguém distante, e depois de tantos papos legais vc tem vontade de correr como Forrest Gump?É difícil. Existem homens que não tem alta estima, não se cuidam, não usam um perfume, tudo estranho! Você fica a procura daquele cara legal que lhe roubara aquelas noites de sono, porque a troca era boa. Porque a troca era significante e quando chega no ao vivo, A vontade é de voar como os pássaros, migrar para longe.

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