O espertinho da Barra

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O mais interessante dos caras com grana é a petulância de pensarem que podem tudo. 

Não sei porque eles têm tanta certeza que podem tudo. 

Combinamos de nos encontrar no Otto. Foi bem legal, começamos com uma sangria e depois não lembro. Comemos os croquetes de carne e depois pedimos um filé com gorgonzola. O restaurante fechou e ele queria mais. Fomos a procura de outros bares, mas todos fechando. Seguimos para casa dele, era em um flat muito bonito na Barra da Tijuca. 

Bebemos na varando e desmaiamos. 

Ele não me chamou tanta atenção. Aliás, hoje eu não tenho dado tanta  atenção aos caras. 

Não me permito esperar muito deles.  Até porque raramente sinto que eles podem dar mais do que se espera.  Se acham espertos demais e dentro desse cenário, quando eu atuo, não me deixo fazer o papel de coadjuvante, só nos aniversários dos amigos. 

Questiono-me, porque as mulheres sofrem por homens tão idiotas, porque está tão visível o que querem, são sempre tão previsíveis. 

Acordamos e fomos tomar o café da manhã em um restaurante no bairro mesmo, comi como um urso que acorda de uma longa hibernada.  Não parava. Abracei o diabo, porque a gula entrou nesse estômago e não saia de lá, aliás de mim. 

Cheguei em casa e lógico, dormi, ele me ligou algumas vezes, dando satisfação do que estava fazendo e perguntou se podia me pegar em casa. 

Interessante, afinal saiu sexta e queria sair sábado...

Transamos nessa noite, nada tão bom quanto a ducha quente daquele  banheiro do apartamento dele!

Antes de sair ele falou para Alexia desligar tudo e pediu para ela uma música. Arrumou a cama. Tudo estranho. Não falou mais comigo!  Alexia ou Alexa é uma maquina que faz tudo, liga e desliga Tv, Procura tudo no Google, liga e desliga o rádio, ela é foda!

Na verdade, ainda somos mais fodas porque temos o pode de decisão, evitando homens babacas e transamos deliciosamente bem, meu caso! 

Já não falei mais, desliguei, não respondi aos contatos. 

Quando o conheci disse ser repositora de gôndolas, ta aí, ele não teve preconceito. 

No entanto, pensou que eu fosse uma idiota, isso não sou, afinal ele não tinha um pau que merecesse essa atuação!

 E tenho comida em casa! 








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