Outro engenheiro de Niterói

15 0 0
                                    

Eu não lembro se quer o nome dele, mas não o esqueço, porque algumas coisas aconteceram. Ele era divertido, um papo engraçado.

Sempre marcávamos de nos encontrar, mas nunca rolava.

Desencontramos algumas vezes, por falta de comunicação, ele era desagarrado quanto a isso. Uma vez combinamos de assistir ao show de rock, era em um bar que se chama Calabouço. Marcamos tudo, ele não mais falou comigo naquela semana. 

Um amigo naquele sábado me convidou para ir a um bar LGBT,  chamava TV Bar em Copacabana. Todas as músicas que o Dj tocava, em simultâneo, também apareciam dessas mesmas músicas, os videoclips em vários telões espalhados pela boate. O banheiro era unisex, a primeira vez achei estranho, mas depois, já com álcool na  cabeça, achava normal, detalhe, no banheiro tinha Listerine, enxaguante bucal. Muito bacana! No bar tinha uns recuos nas laterais com poltronas e poli dance. Tinha gente bonita e muita gente de fora. Todos dançavam, tiveram noites que só tinha eu de mulher por lá. O dono me via e tirava fotos! Dançava tanto as noite que parava lá...

Fechou, devido à pandemia. Uma pena.

Lembro que meu telefone tocou, era ele no bar de rock, perguntando onde eu estava. Foi um desencontro engraçado. Porque ele estava amarradão e já cheio do álcool por lá. Ele riu e expliquei, como ele não entrou em contato fui para outro lugar. 

Da outra vez combinamos de ir para um festival de Gin, ele me liga, era uma quarta-feira, perguntando mais uma vez onde eu estava, eu respondi estar em casa. Que eu iria ao festival no sábado, tenho por costume não sair dias de semana. Ele confundiu os dias! 

Ele ficou meio #¿$?%!¡, mas ...

Marcamos então de irmos ao teatro, no Sesc Tijuca, assistir ao espetáculo de um palhaço aposentado, do ator Paulo Gianini. Foi ótimo. Não só o espetáculo, como ele tb. Paramos para tomar uma cerveja, ele bebe muito bem, porque foram várias. Fiquei preocupada com ele, ia voltar dirigindo. Já percebi que não ia rolar, embora ele fosse inteligentíssimo, o que sempre me chama atenção. Ele parecia generoso, passou um jovem vendendo um brownie, ele não só comprou, como também bateu um papo com aquele jovem. Isso me chamou a atenção, comprou alguns para mim. 

Quando vi que ele iria beber mais do que devia e ainda ia dirigir, eu disse querer ir embora. Ele me convidou para ir a Niterói, mas disse que não iria. Não mais nos falamos, ele sumiu. 

Faz parte, também não procuro ninguém...

DEU MatchOnde histórias criam vida. Descubra agora