Ele me desapontou!

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Não lembro o nome dele, lembro somente que tinha uma voz muito bonita e trabalhava para uma multinacional. Ele era de Salvador, na Bahia. 

Conversamos uma semana, ele tinha um filho e tinha uma história muito bonita, digo a profissional. 

Tinha uma casa em Itaparica, que é uma ilha linda na terra do Caetano.

Hoje é dia dois de fevereiro, dia de Iemanjá, vale muito falar da terra onde saúda com maior devoção a orixá. 

Bahia é um estado que morro de paixão. Uma terra feliz e linda. Em Morro de São Paulo estive duas vezes e adorei. Trancoso e Arraial D'Ajuda também são lugares que adoro. Quilômetros de praias com águas transparentes e de temperatura perfeita.

Quando ouvi o sotaque do tinderello de lá, derreti. 

Lembro que marcamos de tomar um chopp.

Ele era bonito, tinha porte e bom papo, eu o olhei e óbvio que me vi sentado naquele peitoral enorme, me lembrou até o peitoral do Cristo redentor. 

Ele usava óculos de grau, adoro óculos de grau, verdadeiro fetiche. Homens que assumem esse objeto geralmente são inteligentes portadores de uma possível cegueira (risos).

Enquanto bebíamos canecas geladíssimas de chopp, era dose dupla naquele dia, o espirito do bom senso era levado para qualquer outro canto, menos para onde deveria, minha cabeça.

Ele também ia entrando na mesma vibe, se deleitando, jogou várias gracinhas e eu como recebia com um sorrisinho malicioso, quando tirei o sapato por baixo da mesa e brincava com suas pernas. Ele adorou.

Falou do último relacionamento com sexo, mas não liguei muito, ele não vinha com frequência ao estado e eu sabia muito bem o que queria dele. Sabe como é né?

As meninas apenas querem se divertir


E investi nisso. O meu olhar não permite nada além de sexo, ele entendeu e me convidou ao hotel que estava.

Ao chegar lá, bebemos mais umas Heineken. 

Tudo era na Barra, o bar e o hotel, inclusive na frente do mar de quase quinze quilômetros de extensão. 

Lembro que deitei naquela cama que era maior que meu quarto.

Ele veio atrás bem animado, mas animação dele não durava muito tempo. Não mantinha adequada para o carnaval! (risos)

Um homem daquele tamanho ...

Que decepção!

O pior disso tudo é que o cara fica arrasado quando isso acontece. Foi a primeira vez que vivenciei aquilo, na hora não sabia como agir, mas mergulhei na proatividade, fui parceira, psicóloga, amigo de infância abrindo outra long neck comprido, só faltou coçar o saco e dizer: isso rola parceiro!

Fingi não ligar, mas fiquei puta!

Bebemos muito e dormimos, não tínhamos outra coisa a fazer, nem de madrugada o bonito deu sinal de vida, fingiu de morto total e olha que a ferramenta gosto. 

Também não tentei nada. 

Acordei e ele já tinha saído, deixou um recado que dizia:

Você foi bel legal, desculpa a situação, eu não ando muito legal mesmo, fui para o trabalho.

Fique mais tempo, peça café, tome um banho, relaxe e quando sair tranque apenas bata a porta!

Beijos e mais uma desculpa vez.

Adorei o recado, sai da cama e me enrolei em um lençol branco que se arrastava pelo chão da suíte, abre uma janela toda, fiz o mesmo com as cortinas, sentei naquela banheira e abri as torneiras com força total. Pedi café sim e o tomei na varanda olhando para aquele mar lindo e infinito.

Naquela época eu estava injetando no mercado nacional uma empresa para um grupo russo. Liguei o laptop e trabalhei um pouco enquanto comia. Olhei para a banheira, já estava cheia. Me levantei e saí nua da varanda em direção da hidromassagem. 

Ria comigo mesmo, diante dos fatos, nem sempre temos tudo, mas do limão também se faz caipirinha, basta adoçarmos na medida certa. 

Aproveitei e me masturbei ali mesmo, meus dedos se divertiram bastante!

Foi bom. 

Fui embora, trocamos algumas frases nos dias que passaram, mas obviamente que ele iria sumir e sumiu.

#adorobanheiras











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