Eu e o Júlio Flávio da Barra

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Ele deixou expor o nome dele aqui, ainda somos ligados, não amigos, não namorados e nem saímos ocasionalmente, mas nos falamos às vezes. O que nos liga são as lembranças de dois encontros sensacionais, onde a  sensualidade foi ao extremo.

Comecei a conversar com um cara que estava vestido com uma roupa de neoprene, era mergulhador também, lá no Tinder. 

Júlio escrevia super bem e isso chama minha atenção até hoje, alimenta minha libído.

Achei interessante a forma que fomos conversando, o papo esquentava rápido.

Não demoramos muito para marcarmos algo. Lembro que saímos na sexta-feira. Na verdade, ele pegava pesado nos argumentos. Lembro que ele tinha me dito que as pessoas como eu era para conhecer ontem, certamente que era um dos jargões guardados, mas funcionou.

Marquei com ele mais uma vez no restaurante Otto, lá tem uns bons drinks e era o que queria naquela noite. Fui assistir uma peça, depois o encontrei no local marcado. Lembro que cheguei antes do horário marcado e dei um tempo em uma champanheria, la conheci Guto, um amigo querido que mais tarde tornou-se um grande companheiro de teatro.

Lembro usar uma camisa de malha branca e uma saia de onça, uma rasteira e uma bolsa em um tom nude. Ele me disse que tinha chegado através de mensagem do whatsapp. 

Lembro que carregava em uma das mãos o Livro do escritor catalão Zafon, dentro dele guardei o programa do espetáculo assistido, AS Comadres, um espetáculo que ganhou prêmios, era um musical bem interessante, encenado por muitas mulheres. 

Entramos no restaurante e começamos a conversar, pedimos uma sangria e depois demos as entradas nas bebidas mais quentes, o negócio foi esquentando e resolvemos fazer apostas. 

Pedimos canetas e papéis e começamos a apostar. 

Tudo que você pode imaginar, tudo relacionado a sexo, uma putaria gostosa. 

Jogo da velha e forca, estou aqui rindo só de lembrar. Apostei tirar a calcinha ali, naquele lugar e dar a ele, por nas mãos dele. Feito!

Apostamos uma carícia íntima ali, lembro que perdi, que delícia aquela merda toda.

Queria aperol, lá não tinha, partimos a procura, no carro rolou o beijo, explodiu.

Tanta mão que pensei estar na companhia de um polvo.

Mas seguimos a procura do aperol, que ferrou de vez. 

Ele fez uma proposta de irmos para casa dele e lógico que fui. 

Fomos escutando O Grande encontro, na Serra que separa a minha casa da dele, tem uma favela, gelei.

Ao chegar, abrimos outra garrafa de vinho. Sentei em um sofá enorme e dali não lembro de nada, somente a algumas posições naquela varanda, naquele sofá, naquela cama e obvio que a cara dele enquanto me desbravava, falar nisso que delícia é o sexo com ele; tudo bem colocado, literalmente bem colocado. 

Amanheci na Júlio caverna e ele muito educado me levou para casa. 

Ficamos no papinho quente no outro dia, geralmente não saio a segunda vez, mas com ele não resisti, quis sim, quis novamente. 

Lembro que um dia quis chamar a atenção dele, eu enviava uma foto nua de hora em hora, foi terrível, ele mesmo começou a cobrar alguns minutos que antecipavam a hora do envio.

Nos encontramos naquela noite, estava com um vestido nú nas costas até a lombar, ele enlouqueceu e ali na garagem começou a brincadeira.

Lembro que ao chegar no apartamento ele falou de um bilhete de reclamação que chegou para ele após aquela noite, a primeira.

Me diverti, na idade desses caras, todos com mais de cinquenta anos, uma carta dessas,   merecem um quadro, com uma moldura dourada para por no hall de entrada.

Lembro que ele abriu uma garra de vinho francês naquela noite e foi para o banho. Ao retornar eu estava ouvindo AC / DC na voz de Carla Bruni, com High way to hell.

Bem que eu queria ir para o inferno mesmo!

Na varanda sentada em uma pequena mesa redonda na cia da taça de um vidro fino, não sei se era de cristal, também não importava naquele momento, não fui para degustar o leite de Baco, mas sim o Júlio. 

O vi enrolado em uma toalha ao sair do banho, eu estava na varanda com uma camisola rendada. 

Ele apagou as luzes, e foi ali mesmo. A camisola voou daquela varanda.

VOOU...

Que note foi aquela, tanta pressão, confesso que sai com as pernas tremendo, bambas, ele é um excelente amante, de quatro, de lado, de frente, na cavalgada, eita...

Não o vi mais. Mas nos falamos às vezes. 

Ele me ligou um dia desses, estava com o coração partido, ele estava sentido com um sentimento que não deu certo. Nos demos as mãos, ele precisava de mim naquele momento, fui a irmã e a amiga daquele cavalo (risos).

 Até hoje temos contato. 

Ele me deu um livro que amo, A história de ouro da mitologia grega!

Guardo com amor e amizade!

#saudadesmonstro











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