O que é uma república?
Gente informada dá tesão, levanta uma apoteose inteira, me faz gozar sem penetrar!
E ele era exatamente assim. Conversamos pouco e combinamos de pegar uma praia juntos.
Ele ao me ver, veio ao meu encontro. O A foi o homem mais bonito que catei no aplicativo.
Ele tinha uma cabeleira negra, com uma pele clara, um rosto de nos fazer suspirar, o sorriso então merecia toda honra!
Ele era mineiro, galo, atleticano, o time que mais gosto de Minas Gerais.
Fomos para Grumari, uma praia linda no Rio de Janeiro, transporte público não chega lá, o que até aquele dia achava bom, assim a praia seria conservada. Ele logo me chamou a atenção, dizendo que a praia era pública, que todos deveriam ter acesso e que o governo deveria educar a sociedade.
Ele não era mais um. Em todos os sentidos...
Bebemos na praia o dia inteiro, longe de sermos politicamente corretos. E A, muito menos.
No engarrafamento chato da Barra para zona sul, aquele pós praia que todo carioca conhece, ele me pergunta o que faríamos, eu respondi querer fuder, ele freou rápido, uma reação que impulsionou nossos corpos para frente.
Ele pediu desculpas e pediu que certas informações eu deveria dar com mais cuidado.
Fomos para o apartamento dele que era na Lagoa.
Adentrei, tinha uma pequena varanda de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas. Sensacional a vista. Fala sério, a vista da Lagoa é muito foda! Não passa desapercebida aquela maravilha. De dia ou de noite podemos contar com um cenário inesquecível.
Mas como se isso não fosse suficiente, uma decoração nada clean, no entanto, perfeita. Luxuosa. Um sofá branco enorme, parecia ser de penas ou espuma de anjo. Que sofá macio!
Móveis rústicos, mas muito bem conservados, os abajus eram enormes. Na verdade, nunca vi nada igual aquilo.
A cama dele também tinha um colchão comprado no céu. Tinha uns quadros que eu admirava, temas? Astros do rock, Jim Moressey, The Smith, AC/DC, entre muitos outros, todos tinham uns quatro palmas acima da cama, o que adorei. Ele um dia me contou a história daqueles roqueiros.
Tinha um móvel que guardava uma coleção de casinhas de santos, estilo barroco. Em outra parte do móvel também tinha uma coleção de armas antigas. Eram garruchas, bacamartes e muitas outras, um luxo aquilo. Em um dos corredores tinha uma carta de um ex presidente para a família dele.
E continuamos no vinho.
Ele sentou-se em uma mesa e simplesmente apertou o cigarrinho, o maldito. Me ofereceu, não curto, não aceitei. Quando usei, lembro que me deu crise de riso, depois fome que seguiu de vômito e fechou comigo deitada na cama, com a pressão muito baixa, gelada, então diante dia, não quis mais.
Fui embora no outro dia, na verdade, dois dias depois...
Ele me ligou e voltei a casa dele na semana seguinte, bebemos vodca e suco de laranja, saímos para comprar cigarros e fomos pegos na blitz, a lei seca, a qual super apoio!
Que merda!
Voltamos meio baixo astral e ele resolveu ir atrás de uma droga mais pesada. Aliviei a cabeça dele, acalmou e dormimos.
Amanheci com a Roberta arrumando a casa, gente boa a secretária!
Ele estava no meu Face, mas sumiu. Uma das vezes que falamos, disse estar em Brasília, na frente do congresso, no Planalto Central, tipo João de Santo Cristo. Ele era ativista, nossos papos sempre eram voltados a política também, embora ele tivesse uma vida confortável, A sempre olhava para o lado e pensava no acesso à educação para um Brasil melhor.
Ele havia dito que fez um acordo com a ex mulher, que a pensão seria o que ela sugerira, desde que ela não voltasse para o Distrito Federal com as crianças.
Tudo certo, mas ela voltou, segundo ele!
Ele não suportou e ficou mais próximo dos filhos, mudou-se para a tristeza do gênero feminino, o eleitorado carioca, porque o bichinho era bom no que fazia...
Da última vez que falamos, ele disse ter se convertido ao senhor, não usava mais drogas e estava mais calmo em relação ao sexo, sacanagem meu Brasil brasileiro!
Enfim, ele estava feliz...
Isso é o que realmente importa!
#euamoalagoa
