Chamei Mark para sair comigo e com a minha mãe hoje e lhe disse que não queria nem que ele pensasse em levar seu cartão. Tive que ouvi-lo reclamar na ligação por um minuto, só não ouvi mais porquê desliguei na cara daquele insuportável. Disse à ele que irei buscá-lo em sua cada perto das seis, para que ficasse um tempinho aqui comigo antes de irmos jantar. Entretanto, caso ele fale sobre dinheiro mais uma vez, eu juro que vou mirar minha chinela na cabeça dele.
Enquanto espero por ele, resolvi que iria arrumar a casa. Levei uma hora e meia para arrumar meu quarto, o da mamãe e o escritório, mas parei porquê fiquei cansado. Fui tomar banho e aproveitei pra deixar logo o meu cabelo lavado. Fiz uma hidratação rápida, sequei no secador e escovei. Lee manda mensagem dizendo que já está no portão, então desço com pressa para atendê-lo.
— Oi, meu bem — me dá um selinho na bochecha.
— Nem venha, ainda estou com raiva de ontem.
— Shiu, mantenha a sua personalidade certa pro momento.
— Quê? — junto as sobrancelhas e o acompanho até a porta de casa.
— Toda vez que sua mãe está em casa você vira santinho. Seja santo pelo menos por agora.
Às vezes eu tenho vontade de bater a cabeça do Mark na parede, só de ódio. Olha o que ele me disse, porra. Eu vou surtar de raiva e ainda vou jogá-lo pela janela, anote o que eu estou falando e pode anotar de caneta permanente. Lee ainda faz uma cara inocente para cumprimentar minha mãe, que vem lhe abraçar. Mas que ódio! Ousa me olhar com malícia mas eu acerto logo um tapa em seu ombro pra mostrar que não tô brincando.
— Tu tá é pagando de doido, seu abestado — empurro-lhe e ele cai dramaticamente na cama.
— Venha cá, meu bem, fique bravo, não — segura minha mão e me puxa para seus braços.
— Eu não aceito essa calúnia, Mark Lee — apoio os cotovelos no colchão e observo-o. — Eu sou santo todo dia!
— Ontem você não foi.
— Mas ontem foi culpa tua.
— Minha?! — arregala os olhos e fica boquiaberto.
— Claro! A sentada foi de quem?
— Primeiramente, não foi uma sentada — aponta para meu peito. — Foi só uma reboladinha, é muito diferente. E foi você quem deixou!
— Quem deixou já são outros quinhentos, bem. O que interessa é quem começou.
— Tá, mas você pediu por mais.
— Ah, Mark, vá pra puta que pariu, então.
— Credo, Hyuck.
Lee põe a mão no peito fingindo estar ofendido, mas me puxa pela nuca para me beijar. Eu estava só tirando com a cara dele, não estou nem um pouquinho bravo. Seus olhinhos brilhantes se fazem presentes de novo. Eu acho isso tão lindo. Suas orbes são escuras como a noite e seu olhar é tão frio quanto. Seu rosto é o conjunto da obra renascentista, cheio de lindos e específicos detalhes. Eu sei que deve ser entediante eu falar da sua beleza incomparável todos os dias, mas é que sempre descubro um pouco mais dele ou acho coisas novas tão bonitas quanto ele para compará-lo.
Apoio meu rosto na palma de sua mão enquanto aproveito o carinho gostoso que faz no cabelo da minha nuca e nos arredores da minha orelha. Lhe dou uns beijos, me levanto e digo á ele que preciso me arrumar, pois já está ficando escuro e já já mamãe vem nos chamar para sairmos. Abro meu guarda-roupas ainda pra pensar na roupa que vou usar, porquê nem tinha pensado nisso antes. Pego uma calça jeans azul escuro, larga e de barra dobrada e uma camisa preta lisa. Resolvo posar para Mark e perguntar se está bom assim, então ele diz que estou lindo.
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Colors ៚ Markhyuck (Hiatus)
FanfictionOnde Donghyuck é um garoto colorido e alegre, dono de um mundo cheio de cores diferentes. Mas apenas com um deslize de Mark, seu mundo parece perder toda a coloração, ficando apenas em tons de preto e branco. Markhyuck longfic.