eu já superei

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Vou até o sofá, onde me sento e ligo a televisão com a esperança de achar uma programação legal. Mark também vem, se senta ao meu lado e olha para o aparelho com tédio.

— O que foi? O que você esperava receber por ser meu assistente? — pergunto-o.

— Sei lá. Não queria muita coisa, não, mas esperava pelo menos um agradecimento. Queria pelo menos ouvir que eu sou útil, que sirvo para alguma coisa, alguma coisa assim...

Não consigo evitar de cair na gargalhada. O jeito que ele atua mal e não sabe usar o drama é engraçado demais. Ele fica me olhando como se eu fosse um louco por rir dele, mas eu não consigo parar. Meu abdômen já arde de tanto que estou rindo. Pouco brutalmente, fica de joelhos sobre o sofá, inclina a coluna e captura-me os lábios num beijo demorado. Os lábios roçando contra os meus trazem um calor bom. A língua que entra em harmonia com a minha me traz um calor bom.

Toco com as pontas dos dedos em suas coxas e ele automaticamente entende que quero-o por cima de mim. Ambos sorrimos quando Mark se senta em minhas pernas e isso acaba nos fazendo ter um desencontro durante o beijo. Mas está tudo bem, não tem problema, não. Nós damos um jeito de nos encontrar de novo. Eu fico todo molinho quando ele faz carinho no cabelo da minha nuca. Suas mãos descem lentamente sobre meus braços e depois voltam ao meu pescoço. Me assusto quando ele quebra todo o contato repentinamente.

— Eu não quero comer almoço queimado. Vai lá ver a comida — diz quando corta os selinhos barulhentos do nada e sai do meu colo.

Me levanto e vou até a cozinha batendo os pés. Mas que raiva dele! Sério, eu quero deitar ele na porrada. Quanto ódio que estou sentindo. A massa já está cozida, então agora esquento a carne moída numa panela pequena separada. Após isso, derramei o molho de tomate sobre o macarrão e pedi para Mark pegar as cebolas em cima do balcão — essas na qual ele mesmo cortou e até derramou algumas lágrimas —, então ele também põe os cubinhos de cebola dentro da panela. Misturo a carne no meio da massa, junto ao molho, as cebolas e voilà.

— Voilà — procuro os pratos para servir o almoço.

— Vualá — Mark zoa, fazendo um biquinho.

Sorrio da piadinha sem graça dele e levo os pratos à mesa. Pego o ralador de queijo guardado na dispensa e ponho umas pitadas do mesmo sobre o macarrão. Há suco de uva na geladeira, então sirvo em duas taças e deixo sobre a mesa também.

— Eu preciso tirar uma foto disso — diz quando a mesa já está toda montada. — Vou postar no story e marcar você.

Nos sentamos à mesa e provamos junto a comida que fizemos. Está realmente muito boa. Agradeço ao Mark por ter aceitado ficar e me ajudado. Quando lhe pergunto se valeu a pena, ele contorce a boca de novo e eu finjo estar bravo, então ele diz que estava apenas brincando. Fico feliz de vê-lo comendo bastante e enchendo o bucho. Mark não se cansa de elogiar o prato, dizendo que está se sentindo muito chique por estar comendo um prato estrangeiro.

Ao terminarmos de almoçar, lavamos e guardamos a louça juntos. Então subimos até meu quarto e ainda estamos por aqui. Mark disse que estava com sono, e realmente dava para perceber que era verdade, porquê seus olhos estavam pesados e uma vez ou outra sua cabeça tombava para os lados e quando piscava, seus olhos demoravam cada vez mais para se abrir. Lee se deita ao meu lado, passa a perna por cima do meu quadril e me abraça de lado.

— Você está manhoso demais — tento empurrá-lo mas ele mal se move. — Não gosto de grude.

— Então quer dizer que você não gosta de mim?

— Não foi isso que eu falei — desisto de empurrá-lo e acabo pousando a mão sobre sua coxa. — Eu só falei que não sou muito de ficar de grude.

Colors ៚ Markhyuck (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora