eu estou implorando

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Tudo bem, estou tentando não me estressar porquê acordei seis e meia da manhã num sábado. Ok, hoje terei meu primeiro date no meio do mato e tal, mas mesmo assim, eram seis e meia! Estou brincando quando digo "date no meio do mato", mas é como se fosse. Combinei com o Mark de ir num parque no fim da tarde, para vermos o pôr do sol por lá e as plantinhas que ele tanto gosta. Caso nunca tenha mencionado, ele tem uma queda imensa por plantas e gosta de admirá-las, tirando fotos. Agora até que diminuiu a frequência, mas antes ele vivia postando foto de planta no story.

Terminei de almoçar faz pouco tempo, agora estou descansando. Meu telefone está tocando, mas eu não sei onde o deixei. Odeio quando largo meu celular em algum lugar muito aleatório e depois esqueço onde está. Acabei de encontrar, mas a chamada já foi encerrada. Ah, era o Mark. Espero que ele ainda esteja com o celular na mão, porquê vou retornar a chamada.

Tá ocupado? — é a primeira coisa que me diz quando atende.

— Não. Por que a pergunta?

Vem logo aqui pra casa.

Mas a gente não ia se ver só às três da tarde? Ainda é uma hora.

Eu sei, Haechan, mas quero passar um tempo com você. Tu vem ou não?

Tô indo. Tchau pra tu.

Depois de encerrar a ligação, ponho meu celular e carteira no bolso do jeans que estou vestindo. Me despeço da mamãe, pego uma jaqueta que deixo nos ganchos detrás da porta e sigo meu caminho para a casa do meu lovinho. Credo, mano, eu não era assim. O quê esse garoto fez comigo, cara?! Que ódio dele. A culpa é totalmente dele se gamei no jeito que ele me trata. Fico pensando sobre isso enquanto espero-o na porta de sua casa. Ao longe, ouço sua voz familiar dizendo que já está vindo abrir a porta. Enquanto isso, dou uma rápida olhada na pequena rua atrás de mim. Não sei que horas são agora, mas está calor. Sopra uma leve brisa, forte o suficiente para agitar minimamente as folhas marrons das árvores que vejo no início da rua.

— Entra logo aqui pra dentro — me diz ao me puxar pelo pulso.

— E dá pra entrar pra fora?

— Mas você é muito boboca mesmo, né? Vontade de te deitar na porrada.

— Você até pode me fazer deitar, mas não é na porrada — eu sorrio com malícia por cima do ombro, mas recebo um tapa estalado no braço. — Credo, tu não sabe nem brincar, seu corno.

— Tu me deu gaia e eu não sabia? — ele arregala os olhos, parece até que realmente acredita no que eu estou falando.

— Foi, Minhyung, eu te meti o chifre.

— Me diz pelo menos como o cara era. Se for mais bonito que eu, até tolero.

— Ele é bem alto, tem olho cor de mel, é gostoso e beija bem —  eu abro a porta do seu quarto, deixando um espaço para que ele entre também.

— Disso aí eu só não sou bem alto e não tenho o olho cor de mel — acabo rindo do jeito convencido que ele fala, empurrando-o lentamente em direção à cama. — Mas eu tenho a gostosura e o beijo bom, que eu sei.

— Quem te disse isso, Mark?

— Você — me acomodo confortavelmente em suas coxas.

Tuas bochechinhas rosadas me parecem tão beijáveis agora, mas me sinto muito mais atraído por teus lábios que exibem um dos teus mais belos sorrisos. Gosto de apreciar tua beleza fascinante de perto, prestando atenção em cada mínimo detalhe do teu rosto. Se eu puder apreciar com toques, fico muito agradecido. Sinto tuas mãos deslizando nas minhas coxas, num carinho singelo, enquanto mantenho as minhas em sua nuca. Não sei porque, mas ele fica sorrindo no meio do beijo e isso acaba me deixando meio bobinho por ele também. Que se dane na minha postura, eu já sou meio bobinho por ele há muito tempo.

Colors ៚ Markhyuck (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora