Hoje já é nosso último dia de provas, felizmente. Durante a semana, me vi meio aperreado porque foi realmente tudo uma correria. Mas estou contente que agora vou poder regularizar meu sono, fazer meu próprio almoço e poder visitar o bemzinho na casa dele. Neste momento, acabei de entregar a prova de química para a professora e estou aqui fora esperando meus amigos. Eu admito que estava tenso até agora, pois não sou muito bom em química e minha nota me preocupa. Consegui aprender mais do que esperava, mas não fiquei satisfeito.
Jaemin pergunta se houve algo comigo, pois estou batendo o pé no chão e sempre faço isso quando estou ansioso. Respondo que não aconteceu nada, apenas não acho que tenha ido tão bem quanto esperava, mas ele diz que está tudo bem e que eu devo ter feito a prova melhor do que imagino.
Faz carinho com a palma da mão em minhas costas e deixa um beijo rápido na minha bochecha, esse na qual fez Mark me olhar torto assim que passa da porta da sala.— Não seja ciumento, meu bem — tento não rir quando me aproximo dele, puxando-o para mais perto pelo queixo. Finjo que irei beijá-lo, mas me afasto logo após encostar a ponta do meu nariz no dele.
— Eu estava brincando, besta.
Não digo mais nada, porque sei que ele estava mesmo. Se tivesse ficado mesmo chateado, já teria metido o pé, dizendo que não quer me ver e essas coisas assim. Eu já lhe conheço o suficiente para saber quando está bravo e quando está só fingindo. Voltamos à biblioteca, assim como fizemos durante todos os outros dias que tivemos provas. Essa virou nossa rotina da semana.
Passo as mãos no rosto, infiltro os dedos no couro cabeludo e suspiro baixo, frustrado. Eu estudei muito para essas provas de hoje, mas sinto que ainda não está bom. Normalmente, não costumo me sentir muito confiante nas coisas que faço. Tentei mudar esse tipo de pensamento, mas nunca deu certo. É, acho que talvez eu realmente tenha nascido para ser assim.
— Que foi, bebê? — Mark sussurra, fazendo carinho no cabelo da minha nuca.
— Não consigo aprender tudo isso. Ontem só faltei parir uma vaca de ré tentando aprender tudo isso, mas não rolou — relaxo as mãos sobre as coxas e vejo que ele está se segurando para não rir. — Ei, Mark, não ria de mim. Eu tô falando sério.
— Desculpa, Haechan — põe a mão em frente à boca, mas não para de rir.
Volto à minha leitura, tentando aproveitar ao máximo de tempo que ainda tenho para reler. Dessa vez, sou eu que seguro a mão do Mark fortemente e faço carinho. Estou ansioso, não consigo ficar parado. Não consigo ficar quieto. Ah, que agonia. Meus pés batendo no chão com um ritmo acelerado, minhas pernas agitadas se balançando debaixo da mesa. O sinal para voltar às salas toca e nós obedecemos.
Primeiro, dou uma lida em toda a prova só para saber quais assuntos têm aqui. Não está tão grande quanto eu pensei que gostaria, para minha felicidade. Terminei-a e suspirei fundo antes de entregar. Como sempre, fico aqui fora esperando meus amigos e o bemzinho. Nos separamos na saída da escola, então eu e Mark seguimos juntos para casa, como de costume.
— Nossa, então essa é a sensação de liberdade — suspira alto e segura minha mão.
— Você quer ir almoçar comigo? — peço com uma voz meiga e expressão fofa.
— Claro, Haechannie. Eu tinha sentido falta disso, sabia?
— E de mim? Você sentiu?
— Nem tanta, foi mais da sua comida mesmo — faço uma cara triste e ando mais rápido para deixá-lo para trás, mas ele corre até mim e me abraça de lado. — Tô brincando, meu bem. Eu senti mais falta de você do que da sua comida, é sério.
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Colors ៚ Markhyuck (Hiatus)
Fiksi PenggemarOnde Donghyuck é um garoto colorido e alegre, dono de um mundo cheio de cores diferentes. Mas apenas com um deslize de Mark, seu mundo parece perder toda a coloração, ficando apenas em tons de preto e branco. Markhyuck longfic.