Capítulo 13

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Acordei com minha cabeça latejando e uma dor insuportável no meu braço, que resultaria em um gemido, mas antes que ele conseguisse passar por minha garganta o segurei no momento em que ouvi vozes.

— Qualé Melinda? Afasta aí tio — assim que escutei a voz do Demo sabia que estava fudido pra porra. Antes tivesse morrido com o filho da puta do Rabiola.

— Relaxa, Vida. Tô só vendo se ele está vivo — a Patroa falou e senti uma mão leve descansar no meu braço.

Porra mano, ela que me matar, na moral mesmo. Doida igual a filha, sem maldade.

— Tu brinca demais comigo — o tom mortal na voz dele me fez tremer na base.

— Abre os olhos e para de fingir que tá dormindo ou eu mesmo te mato — disse com a voz fria e senti um tapa do caralho no meu braço.

Soltei um grunhido e abri os olhos devagar sentido cada parte do meu corpo doer enquanto tentava me sentar.

— Bora, solta o verbo logo que eu não tenho tempo pra perde contigo — olhei para o Demo e o encontrei do lado da porta com os braços cruzados e um olhar assassino.

Tentei levantar meu braço, mas assim que fiz e ele não veio olhei para o mesmo encontrando-o algemado na cama.

— Vai Guilherme caraí, você sabe como ela está? Estão tratando-a bem? — vi ela engolir em seco e sair de perto da cama, indo em direção ao marido e se apoiando ele. — Realmente tentaram... — ela engoliu em seco de novo e deixou a palavra no ar o que fez o moreno ficar tenso.

— Jogar o papo purão pá tu, sem maldade. Eu tava lá sendo torturado nera na disney não. Só sei o que ouvi pelos outros — só percebi a merda que falei assim que o Demo fez menção de vir pra cima de mim, sorte que a Patroa o segurou.

— Olha como tu fala com ela filho da puta do caralho. E tu não me segura! — rosnou pra ela que mandou o foda-se e me encarou.

Suspirei e passei a mão no cabelo, me arrependo na hora quando me dei conta que era o baleado.

Contei tudo o que eu ouvi pra eles e vi os olhos dela se encherem de lagrimas quando falei da Loirinha. Até meu peito se apertou quando me lembrei o que falaram. Os caras simplesmente se esquecem que tem mãe.

Melinda só me esperou fechar a boca para se virar e sair da sala, deixando Demo e eu sozinhos.

— Tu se liga que só tá vivo por causa das informações que tu pode dá, não fica pensando que tu é grande coisa não — dito isso ele se virou e seguiu o mesmo caminho da morena.

Respirei fundo tentando entender se tá vivo era uma coisa boa ou não. Não tive muito tempo de pensar já que a porta foi aberta com um baque e um Alemão entrou virado no ódio, caminhando em minha direção. Antes de poder fazer qualquer coisa senti um soco forte no meu rosto que quase me fez cair da cama com a intensidade, seguido de outro no meu ferimento. Gemi de dor trincando os dentes e tentando desesperadamente soltar meu braço bom para acertá-lo ou me defender.

— Que porra é essa, filho da puta!? — rosnei me debatendo e o desgraçado só riu.

— Isso é pouco para o que tu merecia, verme do caralho!

— Tomar no cu vocês tudo. Já disse nessa buceta que eu não tava lá de férias não e só o fato de o Rabiola querer me levar pra vala já diz muita coisa — falei no ódio e vi os olhos dele brilharem de tanta raiva.

— Se ela tá passando esse inferno todo é tua culpa, seu rato do caralho! Americana estava por tua conta, você era pago para manter ela em segurança, mas não fez porra nenhuma. Se ela não voltar viva tu pega a visão que eu mesmo te mato e levo o DG junto — avancei com tudo para cima dele, que teve muita sorte por eu está algemado na cama.

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