Capítulo 4: Parte 2

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Maria Eduarda

Ele ficou me encarando como se eu fosse um ET e eu ri.

-Aê GM, Alemão tá procurando a loirinha.- a voz saiu do seu rádio e eu fiz careta.

Ele pegou o aparelho e levou até os lábios, que fala pra tu, é uma tentação.

-Jaé.- disse e se levantou olhando pra mim.- Bora.

-Só vou porque o Oli faz o tipo que mata primeiro e depois pergunta, e se você morrer eu vou ficar sem vigia.- estendi minhas mãos para ele e o idiota ficou só encarando.- Aí cara, me levanta aí tio, tô morrendo de sono aqui.- ele apenas negou com a cabeça e me puxou para cima. Tarefa que foi um pouco difícil e que precisou de força, já que eu estava praticamente morta.

Quando meu corpo bateu contra o peitoral dele e suas mãos fora diretamente para minha cintura em um ato de equilíbrio, comecei a ri da situação e levantei meu olhar para o rosto dele.

-Olha, você faz uma boa acadêmica, hein?!- falei com a mão sobre o peito dele, cheguei até a pensar que ele tinha mais peito que eu.

Quando voltei meus olhos para os dele, vi um brilho diferente nas esferas escuras e logo depois ele passou a língua pelos lábios rosados, me deixando inebriada com o movimento.

Desviei o olhar de sua boca para seus olhos e vi ele curva minimamente sua cabeça em direção a minha, sem tirar os olhos da minha boca. Senti seus dedos se afundaram na pele exposta da minha cintura e imediatamente um arrepio passou por todo o meu corpo. Minha respiração ofegou baixinho e entre abri os lábios em busca de ar.

Ele me puxou mais para si, firmando seu toque em minha cintura e tirando um gemido baixo dos meus lábios, que o fez sorrir malicioso e curvar ainda mais sua cabeça em minha direção, deixando nossos lábios a milímetros de distância.

Mas assim que fechei meus olhos, Ele apareceu com o sorriso malicioso. Não me sentia mais nos braços do GM e sim nos deles, podia sentir até mesmo o cheiro do perfume amadeirado e sua respiração de encontro com a minha. De repente todo aquele clima de luxúria e malícia desapareceu, não experimentava mais do prazer do toque do GM. Estava me sentido sufocada ao presenciar o toque do Leandro em meu corpo novamente, aquela sensação de estar suja e nojenta impregnavam minha pele e mente. O desespero tomou meu corpo e senti meu nariz arde, meus olhos encheram de lágrimas e minha cabeça rodar.

Firmei minhas mãos em seu peito e o empurrei com toda a força que me restava, a tempo de nosso lábios não se tocarem. No momento em que suas mãos deixaram meu corpo, o desgraçado saiu da minha mente e só então consegui abrir meus olhos.

O lugar ao meu redor foi focando aos poucos, do mesmo modo em que minha mente voltou a quadra, deixando o jardim do condomínio dele longe do meu campo de vista. Dei dois passo para trás assim que vi a sombra de um corpo masculino a minha frente. Subi o olhar para seu rosto e logo reconheci o GM com o cenho contraído, as sobrancelhas junta e os olhos levemente arregalados, tentando entender o que estava acontecendo.

Suspirei baixinho de frustação por isso está acontecendo mais uma vez. Reprimi as lágrimas que insistiam em cair e desviei meus olhos do dele.

-Desculpa.- sussurrei e me virei indo em direção a quadra.

Respirei e suspirei várias vezes tentando me acalmar antes de enfrentar o Oli, aquele ali olhava cada detalhe para ter certeza que tudo estava bem. Quando enfim consegui mandar as lágrimas embora, subi para o camarote dando de cara com um Oliver andado de um lado para o outro e observando o movimento lá em baixo.

Assim que ele sentiu minha presença, suspirou aliviado e me chamou com a mão.

-Onde tu estava, em Praguinha?- dei de ombros enquanto tentava fazer uma cara convincente de sono, o que não era muito difícil, uma vez que eu estava realmente com sono, mesmo que agora estivesse em uma proporção bem menor.

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