Capítulo 5: Parte 3

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Maria Eduarda

GM pegou uma carreira do caralho voltando para o morro que meu cabelo que estava solto se enleou todo, puta merda viu. Mas acho que o fato da bermuda dele estar molhada ajudou, já que até em mim mesma estava começando a incomodar a roupa molhada.

-Para aí, GM! Vai Mano, para logo!- falei apressada e ele nem aí para mim. Abri um sorriso diabólico e deu um cutucão dos grandes nas costelas dele.

Na hora neguinho soltou um gemido e encostou a moto.

-Qual a tua surtada?- percebi a raiva na voz dele, mas nem rendi.

Desci da moto em um pulo, que quase nos dois caímos, pois ele não estava esperando e corri na direção da viela que vi o Enzo entrar. Quando entrei, vi que o comédia estava abrindo a porta de um barraco. Apressei o passo e abri o meu melhor sorriso quando parei do lado dele.

Assim ele me viu já foi arregalando os olhos e negando com a cabeça.

-Dessa vez não Eduarda, arrega daqui vai.- falou impaciente e tive que conter um sorriso, amo implicar com ele.

-Me leva lá em casa? Preciso trocar de roupa.- falei pagando a louca e vi a Suzana me olhar, já percebendo aonde eu queria chegar.

Nada contra ela, até respeito por só dar para homem solteiro, mas o galego aqui é meu primo, né?!

-Chama algum dos teus seguranças, Eduarda. Vai embora,  que tu está embaçando aqui.- cruzou os braços tentando ser sério, mas caguei pra ele.

-Lindo esse relógio que tu pegou do tio e pintou para ele não dá conta.- falei olhando para o relógio e ele perdeu um terço da postura de bandido.- Mas se você não quiser me levar, tudo bem, eu ligo para o Pistola e peço para ele, até porque já faz cota aí que a gente não tem uma conversa maneira.-  Enzo me olhou no ódio mesmo e eu ri alto.

-Tu é uma desgraçada filha da puta, Eduarda.- respirou fundo e se virou para a Suzana mandando ela entra, que ele não ia demorar muito.

Ela assentiu e entrou. Enzo se virou para mim e pegou no meu braço me puxando para fora da viela. Passamos por GM e quando íamos para a moto do primeiro, eu neguei dando um passo para trás.

-Por que a gente não vai caminhado um pouco? Nem é tão longe daqui.- ele me encarou não acreditando naquilo.

-Tu brinca demais Eduarda, qualquer dia vai amanhecer amarrada na cama.- o bichinho estava puto em um grau fora do normal, mas começou a caminhar.

-Até parece, cê me ama, não vive sem mim.- cheguei mais perto dele na intenção de abraçá-lo, mas o filho da mãe me afastou.

-Chega perto não fiota, tá toda molhada aí. Falando nisso, GM está molhado também, como que tu me explica isso?- perguntou cruzando os braços e me olhando de lado, enquanto subíamos em uma velocidade que só Deus.

-A gente estava se pegando na água, mó galudo ele.- Enzo deu uma freada grande e levou meu braço no movimento, que por pouco não caí de cara no chão.

O loiro a minha frente olhou para mim com a cara fechada e sério. Não acreditando no que eu tinha acabado de falar.

-Tu tá tirando com minha cara, né Eduarda?- engrossou até a voz, prendi o riso e neguei com a cabeça.

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