Capítulo 6: Parte 5

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Assim que abri a porta de casa dei de cara com meu pai sentado no sofá e a Liz em seu colo. Na hora que vi ele um sorriso brotou em meu lábio. Porra quase uma semana sem ver ele, meu. Rabiola que vinha atrás de mim deu meia volta e foi embora, já o GM que eu fiz de escravo, entrou e acenou com a cabeça para meu pai antes de ir para a cozinha.

Agradeci mentalmente por nem os meus como os lábios dele estarem vermelhos e inchados. Bendita caminhada.

-Veio para ficar?- perguntei enquanto ele se levantava e colocava a Liz no sofá para me abarcar direito.

Passei os braços pela cintura dele e o abracei com força.

-Não, estou só de passada mesmo.- deu um beijo na minha cabeça e logo passou a mão no nariz.- Puta que pariu Eduarda, tu continua misturando meus perfumes com os teus? Sabia que era péssima ideia deixar um aqui.- me afastei dele e fiz uma careta.

-Eu mal entro no quarto de vocês.- ele cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha, até que ele desviou o olhar para a grudenta que já queria colo.

-Se passa demais, só pode ter aprendido com a tua mãe.- falou negando com a cabeça e sorrindo para a Cenourinha.- Eu estou sentido perfume masculino e feminino em tu, mandada. Não vem mentir para mentiroso, não.- juro que tentei não corar, mas pude sentir meu rosto e pescoço queimar, fazendo ele tirar a atenção da Cenourinha e me encarar com os olhos semicerrados.

Assim que Steve abriu a boca para falar algo, GM e meu irmão saíram  da cozinha atraindo sua atenção e quase suspirei aliviada. Tatá filho da puta, fingiu uma tosse quando a risada veio e eu encarei ele serinho. O sonso fingiu que não viu e saiu da casa no sapatinho. Voltei meu olhar para os dois a minha frente e sorri.

-Nada de churrasco ou social?- perguntei assim que vi que meu pai estava pronto para abrir a boca novamente.

Ambos negaram com a cabeça e me senti um pouco decepcionada. Nosso aniversário será semana que vem e é a única festa que realmente ainda gosto. Todo mundo vem para cá, até o tio Nick, que a última vez que o vi foi ano passado.

-Fazer alguma social seria a mesma coisa de dar carta branca para o Medo pegar o morro.- JP indagou e fiz careta.

-Medo é um filho da puta, se alia e depois foge pro outro lado igual porco.- cruzei os braços e senhor Steve assentiu.

-Mas não vamos falar sobre isso.- não na minha frente. Quase falei.

Nenhum dos dois fala muita coisa sobre o morro na minha frente ou na da mãe, ambos falam que me protegem de certa forma, e para falar a verdade nem me importo muito com isso.

-QUEM É A FILHA DA PUTA QUE NÃO VÊ UM LIXO DESSE TAMANHO E JOGA PAPEL DO LADO DE FORA?- tia Débora gritou e gemi baixinho, enquanto meu pai travou a mandíbula.

-Elas não estão limpando os banheiros, não é?- os dois assentiram e quase corri para o lado de fora.

Dona Márcia vai vir amanhã fazer a faxina da casa e minha mãe deixa bem claro que os banheiros quem limpa é a gente, que Márcia não tem a obrigação de estar limpando mijo dos outros. A primeira fez que a morena veio aqui em casa, foi uma briga entre ela e minha mãe. Dona Melinda falando que não ia deixar ela limpar os banheiros e a Márcia dizendo que era o trabalho dela. Enfim, quem limpa os cinco banheiros é a gente mesmo.

-Tua mãe já estava atrás de tu para limpar o do teu quarto, aliás, tu foi no mercado comprar as azeitonas ou foi lá na fábrica?- perguntou com a sobrancelha arqueada e eu fiz a sonsa.

-Eu fui comprar outras coisas também.- dei de ombros.- A Sarah bem que podia limpar, né?- JP cruzou os braços e já colocou aquela carinha de bosta que ia defender a outra a qualquer custo.

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