Capítulo 21: parte 2

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— Madu. Acorda Loirinha, que teu irmão tá lá embaixo..

— Manda ele pra puta que pariu e vai junto! — grunhi, me virando para o outro lado. Só para fazer uma careta quando senti o meio das minhas pedras dolorido. — Você me arrombou, ratinho desgraçado!

Ele riu alto, afundando o nariz no meu pescoço.

— Me agradece que eu ainda fiz compressa de água nesse bucetão. Tu pode ser apertada, Loirinha, mas parece um sapo.

Levantei a cabeça rápido e semicerrei os olhos na direção que ele estava.

— Rala o peito, pica de jumento, e manda o João ir comer aquela sem sal da mulher dele.

— Alemão que tá aí.

Sentei na cama rápido, jogando o cabelo para trás com os olhos arregalados, mas gemi de dor e fiquei quietinha quando senti a carne repuxar.

— Vou precisar de remédio pra dor.

— Do lado da cama tem um.

Olhei para a mesinha e vi a cartela junto com um copo de água. Franzi o cenho enquanto os pegava.

— Tu é prestativo pra porra, hein?

— Tu não é a 1° que eu tiro a virgindade — falou todo engraçadinho piscando para mim. — Tu também sangrou.

— Claro que sangrei. Ficaria surpresa se não tivesse. O que o Oliver quer em pleno dia de semana?

Tatá deu de ombros.

— Tu vai ter que ir perguntar a ele, não é como se ele tivesse olhado muito pra minha cara.

— Mas agora é de madrugada...

— Mané madrugada, Eduarda. É quase 10hrs da manhã.

Arregalei os olhos, me colocando de pé em um segundo e gemendo no outro. Soltei um olhar mortal para o Tatá, que apenas riu.

— Tu devia ter me acordado, ratinho dos infernos. Jéssica vai comer meu cu facin. E porquê o Oli não subiu? Não é como se ele fosse visita pra ficar me esperando na sala — resmunguei caminhando para o banheiro do jeito que vim ao mundo.

Guilherme cruzou os braços afrente do corpo e deu um sorriso presunçoso enquanto olhava pra minha bunda que estava começando a ficar roxa.

— Jéssica soltou o lero que tu só ia ter cliente a tarde e falei pro teu irmão que você tava muito cansada... e pelada — fechei os olhos com força e virei minha cabeça devagar na direção dele. — Eu não ia deixar ele subir e te ver nua, né Loirinha? Obrigação minha como teu noivo.

— Primeiro que você não é meu noivo, não sei nem como ainda continua sendo namorado. E segundo, por que caralhos tu foi falar isso pro Oliver, Guilherme? Meu irmão já não vai com a tua cara e jogar pra cima dele que tu me comeu é foda! Como que ele não cortou teu pau lá embaixo mesmo?

O moreno deu de ombros, sentando na cama como se fosse o dono de tudo.

— Acho que é a hierarquia alfa da tua família. Meu sogro do coração já tá me aceitando; JP nunca me odiou; acho que o Alemão não tem mais aval pra tocar em mim. E tem tua mãe também, sogrinha me ama.

— Eu vou jogar esse lero pra ela, fica esperto não, otário.

Entrei no banheiro e tomei um banho demorado e gelado por causa da temperatura, além de cada movimento ir direto para o ponto dolorido entre minhas pernas. Sai do banheiro devagar, mexendo o mínimo possível o meu corpo.

— Eu não vou comentar sobre isso Eduarda.

Parei minha caminhada de dor e praguejamentos quando vi o meu irmão querido sentado de um lado da cama e o meu ratinho na cadeira da penteadeira. Respirei devagar, contando até 10 mentalmente.

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