Capítulo 16: Parte 3

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— Cadê o tio Nick? — perguntei assim que voltamos para a sala, percebendo que agora a Liz e o Matheus estavam presentes.

— Picou pra SP, a vagabunda lá meteu papo errado de se matar se ele não aparecesse — JP respondeu enquanto olhava pra o relógio de pulso e digitava no celular.

— Eu já teria matado a piranha. Maluco nem sabe se a cria é dele — disse meu pai se sentando em uma cadeira do lado da minha mãe, que jogou um puta olhar pra ele, entretanto, não replicou e acho que o motivo foi a ruiva nos braços dela que desceu quando viu o Tatá.

— Tio! — gritou puxando a última letra e correu na direção do mais velho, que se abaixou e pegou ela no braço sem ter muito o que fazer — Tava cum saudade!

Olhei para Steve e tive que conter a risada com a careta que ele fazia.

Vucê tava onde? — GM desviou o olhar para o loiro que tinha acabado de se levantar com a mão na Glock e engoliu em seco.

— O tio tá cuidado da Maria — apontou para mim com a cabeça, mas um olho foi em mim e o outro no meu pai que começou a andar.

— Mas a Têla é chata, Liz é legal.

A ruiva mal fechou a boca quando um rosnado baixo e grave veio do Steve, fazendo a garota virar a cabeça na direção dele.

— Tá bem papai? — perguntou inclinado a cabeça para o lado.

— Ele vai ficar bem se você se sentar aqui perto do Teus, meu amor — Melinda interviu passando por meu pai e tirando a Liz do braço do Tatá, que quase suspirou em alívio, e levou Steve junto com ela.

Olhei pro GM e ri baixinho. É fi, se envolver comigo é um bagulho, agora vai mexer com a mascote do Demo.

— Tá melhor, papai? Plecisa do médico? — perguntou subindo no colo dele e tocando a testa dele com a mãozinha.

— Fala pra tua irmã se sentar aqui pertinho do papai que eu melhoro rapidão — ela olhou toda mandona pra mim e levantei as mãos em rendição indo me sentar na cadeira. Que prontamente meu pai colocou um dos braços sobre meus ombros e prendeu a Liz com o outro.

— Pronto, minha princesa. O pai tá novo em folha.

— Que Deus me ajude quando essa garota crescer — a coroa falou bufando baixinho e como Steve é um cínico de primeira jogou a última carta.

— Tô ficando dodói de novo, ruiva — a garota de virou e se levantou tão rápido no colo dele que pisquei três vezes para ter certeza do que tinha visto.

Dessa vez ela colocou as duas mãos na testa dele e depois no pescoço, mas antes que pudesse falar alguma coisa, o loiro se adiantou.

— Tua mãe tá longe pra porra, né?

— Olha os palavrões, Demo — ele semicerrou as sobrancelhas pra ela, não gostando nada.

— Aí Liz, papai já tá vendo a luz

— Vem mamãe, o papai tá dodói — a garota deu um puta puxão no braço da mãe, toda alarmada.

O coroa que não é besta já passou o braço por sua cintura e a Liz o encarou.

— Não vai pra luz não, a mamãe já tá aqui — disse toda preocupada e não pude conter a vontade de apertar as bochechas gorda dela.

— Muito bobinha essa minha irmã.

— Papai tá melhor de novo... Qualé, comédia? Falei pra tu sentar não — indagou de súbito e quando olhei vi que ele encarava o Tatá.

— Mas ele tá cansado.

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