Capítulo 10

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Alguns dias depois.

Meu pai enfim ia tirar o gesso da perna, e eu não sabia quem estava mais feliz, minha mãe ou meu pai. Até porque da última vez que eles foram tirar o gesso – quando completou um mês – o médico falou que por ele não ter dito um repouso completo, ainda não ia poder tirar o gesso.

Foi aí meus queridos amigos,   que meus pais começaram uma disputa para ver quem gritava mais. Sorte que a Liz estava na casa do tio. E claro,  depois os dois estavam cheirando um o cu do outro, simplesmente não consigo entender eles.

Meu pescoço ficou marcado por dias e adivinha quem viu? Isso mesmo, minha querida mãe e agora ela está me chamando de Marcadinha. Steve uma vez se manifestou, perguntando o porque do apelido e ela veio com um bagulho de eu responder. Sorte foi a Liz que começou a fazer raiva.

— Vou levar o rabugento do teu pai no postinho, vê se vai no mercado comprar o que te pedi — chegou mais perto e sussurrou no meu ouvido. — Vê se não arruma outro chupão.

— Vocês andam cheias de segredos, tão arrumando o que pra cima de mim? — um sorriso se abriu nos lábios na minha mãe e ela se afastou de mim.

— Só estava dizendo que a marca no pescoço da Madu já saiu — na hora ele fechou a cara.

— Então era esse o bagulho do Marcadinha? — perguntou sério e eu me engasguei com a saliva.

— Vocês estão atrasados para a consulta, né não? Piquem o pé! — falei rápido e meu pai já foi me olhando com a sobrancelha arqueada.

Já ia abrir a boca quando a mãe saiu puxando ele enquanto ria.

— Não esquece de ir no mercado! — disse antes de ir embora.

Me joguei no sofá e passei a mão no rosto. As vezes acho que minha mãe esquece que tenho asma. Fiquei um tempo sentada no sofá, recuperando minha sanidade e pensando qual seria a nova forma de dona Melinda me torturar, antes de me levantar e pegar a listinha.

Sai de casa e GM junto com o Rabiola brotaram do meu lado. O primeiro com um sorrisinho malicioso no rosto. O GM não tirava os olhos dos meus peitos e eu só conseguia lembrar da praia, do meu pequeno surto. O melhor de tudo era que eu não conseguia me sentir arrependida, na verdade eu queria mais. Porém isso não significava que o Leandro não continuava em envenenar minha mente. Contudo até com isso eu estava contente, porque de certa forma estava conseguindo controlá-lo, era só preciso um pouco de concentração e ele ia embora.

Tatá consegui me agarrar ontem no curso, já que o DG não estava passando bem e ele foi junto com o Rabiola. Ele aproveitou quando eu fui no banheiro, e eu já me sentia tão confortável com o GM que Leandro e sua voz desapareceram rapidamente.

— Aê vocês dois, vou segurar vela não! Já besta eu ter segurado a tocha olímpica ontem — falou divertido e eu ri chegando mais perto dele.

— Que provar também? — embora eu ainda sentisse um pouco de receio em relação a esse tipo de conversa, tentava ao máximo trazer elas a tona se quisesse realmente me livrar desse trauma.

— Ala cobrinha, fica longe vai. JP e Alemão já tão cismado em mim. Furacão aí, ainda tem DG pra da uma força. Eu vou direto pro ralo — falou fazendo graça saindo de perto de mim, o que me fez rir ainda mais.

— Já te falei que eu vou financiar o Cream Cracker e o café, então fica sussa.

— Joga mais teu veneno mesmo, só não se engasga, tá querida?! — afinou a voz e jogou o cabelo imaginário para trás, fazendo as pessoas ao redor olhar estranho pra ele que já foi colocando postura.

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