Capítulo 9: parte 5

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Engoli em seco e o GM olhou para a tela, depois deu um sorriso debochado.

— Se perguntar onde tu tá, fala que foi na igreja.

Olhei feio para ele e bati em seu ombro com força, fazendo ele me olhar feio. Atendi a ligação e coloquei o celular na orelha com os nervos à flor da pele.

— Papaii — o desgraçado do ratinho esperou apenas eu abrir a boca para se esfregar mais em mim, me fazendo engolir um gemido e se desesperar um pouco.

Joguei um olhar mortal para ele, que apenas sorriu e começou a beijar meu pescoço me desconcentrado. Tentação demais.

Caralho Eduarda, onde porra tu tá? — voz que saiu do outro lado não foi a do meu pai e sim do tio Nick.

O alívio passou por meu corpo e relaxei na mesma hora. Até que franzi a testa.

— Tio? Por que esta com o celular do pai?

Não o duende. Porque tu não atendeu minha ligação, filha da puta. Agora, onde tu tá Eduarda? E por que tua respiração está ofegante? — a seriedade na voz dele me trouxe de volta a realidade e afastei o GM imediatamente, descendo do seu colo.

— Eu estou na praia, e minha respiração tá assim pela asma.

Tatá me olhou debochado e tentou chegar perto, mas neguei e ele apontou para o meio das pernas frustrado. Acabei mordendo meu lábio inferior com o tamanho da marcação.

Como que tu está na praia se tem dez vapor meu aí e nenhum viu você, só a morena?! — franzi a testa quando percebi que a raiva estava começando a aparecer em sua voz.

— Porque estou no quiosque, vim comprar quentinha. O que está acontecendo? — comecei a andar de um lado para o outro e ajeitar minha roupa. Ouvi um suspiro baixinho e depois a voz dele.

GM tá contigo? — olhei para o moreno a minha frente que estava putinho e assenti, morrendo de medo que ele ligasse as coisas.

— Está, por quê?

Eu quero que tu pique o pé daí o mais rápido possível! — ele soou nervoso e o vinco da minha testa aumentou.

— O que está acontecendo tio? — perguntei e me virei de costas para o GM subir o zíper, o que ele fez prontamente, porém, quando fui me afastar ele me segurou e fez mais um chupão no meu pescoço, ganhando uma cotovelada nas costelas.

TCP está rondando a área, Eduarda. Então guia pro morro caralho! — agora ele estava putasso e eu putassa com o GM.

Porra, se alguém ver isso o interrogatório vai ser grande.

— Achei que eles não era inimigos — falei saindo do banheiro ajeitando meus cabelos para esconder meu pescoço, e ouvi ele respirar fundo.

Nem amigos. Já está no caminho? — revirei os olhos, embora o pânico de ser feita de refém novamente estava começando a se espalhar pelo meu corpo.

— Eu estou com o Matheus e a Liz, tio. Como que eu vou guiar sem eles? — escutei ele exclamar um puta que pariu longe do celular, antes de me responder.

Deixa eles irem com a Noamy pra Vidigal. O importante é vocês saírem daí.

— Ok. Amo você.

Também te amo Annabelle e vê se vem logo que teu pai tá pirando, achando que o outro aí deu perdido contigo — ouvi o celular se mover e depois a voz baixa dele. — Vou fingir que acredito que essa respiração é culpa da asma.

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