Capítulo 2: Parte 3

1.7K 167 32
                                    

Olha os votos e comentários...

Guilherme narrando:

Fala pra tu, DG me deu uma coça do caralho, meu corpo inteiro tá doendo aqui. Fiquei na sede de devolver um soco se quer, mas me segurei, tenho um respeito grande por ele. Se não fosse pelas metas que ele dava para minha mãe quando a gente não tinha nada para comer, nos tínhamos morrido de fome e olha que na época ele nem tinha esse dinheiro todo para tá dando.

-Já mandei tu parar com isso.- falou e bateu com o cano do fuzil no meu braço onde estava roxo, me fazendo desviar o olhar da Madu e encarar ele serinho.

-Tá querendo me matar mesmo, né macaco mal amado?- ele nem rendeu voltando a postura.-Mó gostosinha a ruiva, né?- perguntei malicioso e ele negou impaciente.

-Desencana, GM, olha o bambolê no dedo da garota.- disse e apertei os olhos vendo que tinha alguma coisa no dedo dela.

-Tu é pior que as fofoqueiras, né? Sabe de tudo, só não me conta o que a outra lá tem.- meneei com a cabeça na direção da loirinha.

DG passou a mão no rosto, visivelmente pedindo paciência e me encarou.

-Já te falei pra caralho para ficar longe da Madu, mas tu tem bosta na cabeça, só pode. Aquela garota pode fuder com a tua vida em questões de segundo, Guilherme, não brinca com ela.- revirei os olhos.

-Tu só fala a mesma coisa, mas nem foi isso que eu perguntei. Quero sabe o que deu nela lá no baile.- ele me ignorou legal e eu voltei ao meu posto.

Fiquei encarando ela na lata mesmo, desde que coloquei os olhos naquela  raba e no rostinho de pilantra, fiquei na sede para ver se ela rendia pro meu lado. Quando eu acho que vou conseguir a doida surta do nada.

Fiquei até na neurose achando que eu tinha feito alguma coisa com a guria, mas o DG passou a fita que era outras paradas aí, só não disse quais.

Depois de um tempinho as duas se levantaram e foram pagar os bagulhos. Começaram a descer para a praça e eu só observava ela ir de má vontade, enquanto a outra praticamente arrastava ela. Passaram na frente de um beco e na hora a Madu parou dando um passo para trás e olhando para dentro, antes de entrar. DG já fez sinal para ficar na atividade e apressamos o passo entrando também, já prontos para sacar o fuzil. Até que paramos quando vimos que era só o Playboy quase se comendo com uma morena.

Madu já foi encima da garota pegando ela pelos cabelos com uma força, que meu irmão até o Playboy se assustou.

-Puta que pariu, Eduarda!- ele sussurrou irritado passando a mão no rosto e eu me encostei na parede para assistir.

-Tu queria roubar dentro da favela, vagabunda?- quase gritou parecendo não ter escutado o que ele disse.

-O.. o que você está falando?- Madu, lascou o tapão na cara dela.

-Qual foi, Eduarda? Para com isso tio!- Playboy falou tentando soltar a mão dela do cabelo da outra.

-Vai defender essa vadia mesmo, Enzo? A filha da puta estava com a mão dentro do teu bolso, quase conseguindo tirar tua carteira.- fala pra tu, tinha visto isso não, mas dizem que mulher consegue ver tudo, né?

-A única vadia aqui é você, que além de vadia é louca!- a morena quase gritou e desceu a mão no rosto da loira, que ficou sem reação nenhuma na hora.

-Qual foi, vagabunda? Quem mandou tu encostar um dedo nela?- Playboy falou empurrado ela para longe no puro ódio e quando foi pra cima dela, Madu tomou a frente.

-Você vai vê quem é a Vadia Louca.- depois disso foi só sequência de soco na cara da puta que mal conseguia se defender.

-A gente não tinha que fazer alguma coisa?- perguntei ao DG quando vi que a galera só observava com um sorrisinho no rosto.

-Não, essa dai está pedindo uma surra faz tempo. Vive falando mal das patroas aí e da herdeira.

Nem falei nada, apenas cruzei os braços e fiquei olhando. Depois de alguns segundos a Madu olhou para os lados procurando alguma coisa e o Sub já arregalou os olhos, tirando ela de cima da outra, que já foi se levantando e metendo o pé.

-Tu não vai pegar pedra não, já vai tá fodida se o JP ou o tio descobre isso, imagina querer matar a Luana.- disse segurando a cintura dela, enquanto a mesma tentava se soltar.

-Só tá falando isso porque vai sobrar pro teu lado também.- falou ainda com raiva e tentou tirar os braços dele.- Que inferno Enzo, me solta que a lagartixa já foi embora.- ele riu e negou.

-Te aquieta, toco de amarrar jegue.- ela olhou para o DG e cruzou os braços.

-Vou falar pro meu pai que vocês não estão fazendo o trabalho direito.- disse emburrada e o tio riu.

-Assim tu me complica Madu, um é Ex dono e o outro é sub.

-E eu sou a princesinha do Alemão.- Enzo gargalhou alto colocando ela no chão, e eu segurei o riso.

-Perdeu esse cargo faz tempo, ô Anabelle. Falou pra vocês, vou atrás de outra puta, já que a Madu é empata foda.- disse na brincadeira e vi a baixinha cruzar os braços.

-Tua sorte é que eu não tô na rua direto.- falou em tom de ameaça e ele riu beijando a testa dela.

-Aê ruiva, quando quiser esquecer o corno lá, aciona.- deu um sorriso pervertido.

-Fica de olho no Whats, bebê.- devolveu na brincadeira.

-Vou tacar o cacete nos dois.

-Tchau!

Ele saiu por um lado e as duas pelo outro, fiquei sem entender muita coisa, mas nem rendi. Só segui o fluxo esperando a hora certa para conseguir falar com a loira, que pelo visto só tinha conseguido alguns arranhões.

Mais Uma Chance?[M]✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora