Capítulo 18: Parte 3

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Guilherme – GM

A Loirinha encarava meus dedos com olhos de Águia no cabelo da vermelhinha, que além de deitar a cabeça no travesseiro em meu colo me obrigou a fazer cafuné nela. O importante era saber se Madu queria quebrar meus dedos ou puxar um por um os fios vermelhos.

O ciúme dela chegava a ser possessivo. Negócio que nunca gostei, sempre achei feião brigar por pouca coisa. Ciúmes é necessário, mas o da Loirinha extrapola demais. Só não largo ela na moral mesmo, porque gosto da pilantra e quero continuar com o nosso lance.

Chegava a ser engraçado como ela não conseguia se decidir se sentia mais ciúmes de mim ou da irmã e acabava irritada por causa disso.

— Liz, você sabe que o Tatá é o meu namorado e não seu, não é? — menozinha abriu mó olhão para a Madu, não acreditando.

— Mas Têla, mamãe falou que só pode mamola quando pra dois são glandes e do mesmo tamanho. E você é pequena como eu, Malia! Titio é glandão — gesticulou abrindo os braços ainda com os olhos arregalados e se soltou de mim para subir no colo da irmã e sussurrar. — Acaba com ele e eu pometo não fala nada pala mamãe — a ruivinha estava tão preocupada que chegava a ser uma graça.

— Calma Liz. O que a mãe quis dizer é que você tem que ser maior de idade e o seu namorado também. Como eu e o Guilherme, a gente já tem mais de 18anos — ela olhou ainda confusa para a irmã e desceu de cima dela, parando no chão com as mãos na cintura.

— Tem ceteza que é isso, mesmo? — a garota estava fofa pra porra com as sobrancelhas franzidas.

— Você acha que eu mentiria para você, meu foguinho?

— Titio? — perguntou toda desconfiada levantando uma sobrancelha.

— Tudo que tua irmã falou aí é verdade.

Ela ficou encarando a gente por longos segundos, até que abriu um sorriso e se jogou em cima de mim, me abraçando.

— Então você agola vai se meu tio de vedade? Não falso? — acabei rindo do jeito que ela falou e concordei a abraçando.

— Desgruda um pouco aí que a irmã é minha — Loirinha veio com tudo tirando a Liz de perto de mim.

— Coisa feia Malia Eduada, mamãe não te ensinou educação? — perguntou tentando tirar o rosto do pescoço da loira. — Pelai, Madu, o que é isso? — estreitou os olhos para a mancha escura no pescoço e clavícula da irmã, metendo o dedo depois.

— Aí, garota.

— Foi o papai que fez isso em você também?

— Quê? Por que ele fazia isso em mim?

Ela deu de ombros.

— As vezes a mamãe apalece com uns ingualzin e fala que foi o papai que fez — a Loirinha fez uma careta indignada, tossindo baixinho e eu ri alto, chegando perto das duas, as abraçando de lado.

— Essas daí quem fez fui eu, menó.

— Guilherme! — a outra repreendeu me empurrando.

— Que coisa feia, titio. Se meu namolado fize isso comigo eu bato nele — olhei serinho pra ela.

— Que namorado, ruiva?

— É Liz, que namorado é esse que eu não sei?

Ela colocou uma mão na cabeça e a outra na cintura fazendo careta, suspirando como se a gente não entendesse ela.

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