-Ninguém fez nada comigo, pai.- ele cruzou os braços e me olhou debochado.
-Ninguém fez nada contigo? Conta outra Eduarda, eu vi o estado que tu ficou.- dei de ombros tentando parecer o mais normal possível.
-Mas é verdade, coroa.- ele passou a mão no rosto.
-E por que tu ficou daquele jeito?
-Não sei, pode ter sido por está muito cheio ou a crise só resolveu vir, eu não tenho controle disse pai, mesmo que eu quisesse muito.- ele ficou me encarando por longos segundos, decidindo se acredita ou não. Até que negou com a cabeça a e suspirou.
-Tudo bem. Estou aqui pra tudo, tá?- perguntou e beijou minha testa.
Assenti e ele sorriu de lado.
-Vou voltar para a boca, JP tá me contando uns barulhos aí. Depois colo em casa.- deu um selinho na minha mãe e foi embora.
-Já podemos ir?- perguntei e ela assentiu.
Me levantei e saímos do hospital encontrando o DG e GM na moto, provavelmente nos esperando. Olhei para o GM e percebi que o canto da boca dele estava cortado, assim como a sobrancelha, mas logo desviei o olhar quando escutei a voz do DG.
-Aê, Madu. Perdão por ontem, não sei o que se passou na cabeça do garoto, mas não se preocupa, amanhã ele já vai estar longe daqui.- neguei.
-Tudo bem DG, tá suave para ele por enquanto. Falei nada para o Demo não, porém deixa ele longe de mim. Se não quando vocês forem perceber ele já vai está rodando na mão do meu pai.- DG ficou me encarando, provavelmente pensando se eu estava ficando louca, coisa que eu estava começando a acreditar.
-Aproveita que ela está de bom humor.- minha mãe falou brincando e logo o DG olhou para ela, dando um meio sorriso.
Encarei minha mãe e neguei com a cabeça, quem vê pensa que ela não vai conversar com o DG. Revirei os olhos e olhei na direção do GM que olhava para mim curioso.
-Vamos Madu, Bruna tá te esperando a mó cota aí.
-Ela já chegou?- perguntei não acreditando e ela assentiu.
Apressei os passos em direção ao carro e não demorou muito para estarmos em casa.
-Essa garota é minha cara, por isso é bonita.- Bruna falou assim que entramos com a Liz no colo.
-Piranha de esquina, estava com saudades!- disse abraçando ela e a minha cenourinha.
-Tu falando que estava com saudades? Por isso o dia tá meio friozinho.- sorri debochada pra ela.
Mas logo meu sorriso foi embora quando vi o Oli sair da cozinha. Tu deu atenção? Porque eu não. Virei o rosto e fingi que ele nem estava ali.
-Tu chegou de que horas?
-Acho que era umas oito, o WL que foi me buscar.- minha mãe foi até ela, pegou a Liz que reclamava de fome e foi para a cozinha.
-Qualé, Madu?- ouvi ele me chamar e eu continuei na mesma.
Bruna olhou para ele e depois para mim, sem entender nada.
-Vamos para o meu quarto, é melhor de conversar.- me virei puxando ela, até que a mão do Oli se encontrou com meu braço.
-Me desculpa, Praguinha. Eu só estava preocupado com você e querendo matar quem fez isso contigo, nem pensei direito no que estava falando.- olhei debochada para ele tentando tirar sua mão de mim.
-Preocupado? Tu é engraçado de mais! Passou a porra de um mês sem pisar os pés aqui e quando pisa é para falar que eu tô protegendo macho e sentado pra ele? Vai tomar no teu cu, Oliver!
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Mais Uma Chance?[M]✔️
Teen FictionSpin off de "De Patricinha a Patroa". Sua vida estava arruinada. Viver e morrer andavam em uma linha tão tênue que bastava apenas um pequeno deslise para que tudo viesse a ruir, para que aqueles pequenos pedaços restantes do castelo enfim desabassem...