Depois de explicar para ele o que tinha acontecido e receber uma bronca grande, insistiu para que eu fosse pra casa dele e neguei até o ganhar pelo cansaço com o cu na mão, já que tivemos toda essa discussão no quintal e a camisa do GM estava a poucos sentimentos encima da espreguiçadeira.
Não serve nem pra pegar as tuas coisas, Tatá?
A minha sorte foi que o coroa estava tão focado em mim, para saber se eu estava machucada que nem a percebeu. A conversa durou tanto que quando entramos a fumaça já havia indo quase toda embora e só tinha um cheiro forte.
Para garantir que não me mataria, Steve ligou para uma pizzaria e colocou três ventiladores na escada e um na porta do meu quarto, além de outro dentro. Ficou comigo até tarde e só picou o pé quando a mãe ligou obrigando ele voltar para cara. Mal fechei a porta quando ele foi e escutei meu celular ligando, vendo que se tratava do NC.
— Caralho Annabelle, se tu botou fogo nos armários da minha coroa, ela vai sair do túmulo pra puxar teus pé.
— Qualé tio? Que papo errado é esse? Deixa tua mãe onde tá, fi!
— Tu não tem ideia do quando ela tinha abuso com esse armário. Mas me fala aqui, tu pelo menos se queimou? — tirei o celular do ouvido só pra ter certeza que era o tio.
— Tá me estranhando?
— Cofoi? Dindo jogou o papo que tu destruiu a cozinha inteira, tem que pelo menos ter queimado os pelos dos braços pá eu ficar com dó e não pensar no prejuízo — ele deu uma risada nervosa antes de voltar a falar sem em dar chances de responder. — Sem putaria, Eduarda. Tu se feriu ou não? Tu sabe que o Steve é exagerado pra porra.
— Eu tô bem, tio. GM apareceu antes que as coisas ficassem piores. Fica sussa que tua cozinha e tua sobrinha tão bem.
— Cozinha minha pica. Se liga pra não se matar e sai do caralho dessa toca. Se ficar sabendo que tu não tá indo nem na esquina te dou uma coça. Fé pra tu, minha cria tá ligando — desligou.
Nem rendi muita coisa, só fui pro meu quarto e me joguei na cama caindo no sono.
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A semana passou na mesma rotina, no salão uns dias tinha mais clientes que outros e em casa Tatá dava sempre um jeitinho de ficar puxando meu saco e, claro, sempre roubando beijos quando podia, além dos chupões que sempre me fodo para esconder.
Ele testava os limites a cada vez que a gente ficava sozinhos, uma mão boba aqui e ali, em que muitas das vezes eu curtia o momento, em outras surtava legal e Tatá tinha que sair de perto. Não que eu me orgulhasse disso.
— Tá fazendo a roupa, Anã de Jardim? — gritou e eu grunhi querendo matar o tio Nick.
Filha da puta tinha deixado a entrada do GM livre – descobri pela boquinha de chupeta do próprio Nicolas, que falou todo orgulhoso – e agora a putinha não saia de dentro da casa. Mas deixa ele, Steve decidir fazer uma visita surpresa ele se fode.
— Vai chupar uma pica e cala a boca, Geme! — claro que a porta do quarto estava trancada.
Não demorou um segundo para que os passos dele na escada fosse escutado e depois a maçaneta da minha porta se mexer.
— Tu gosta de brincar com vagabundo, né porrinha? Uma hora tu sai daí.
Ignorei legal ele e voltei para o meu dilema: Cropped e calça ou vestido? O problema era que, o vestido ia deixar boa parte das minhas cicatrizes a vista e o conjunto ia mostra o quanto eu estou magra. Bufando de irritação peguei o celular e liguei pra Bruna.
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Mais Uma Chance?[M]✔️
Teen FictionSpin off de "De Patricinha a Patroa". Sua vida estava arruinada. Viver e morrer andavam em uma linha tão tênue que bastava apenas um pequeno deslise para que tudo viesse a ruir, para que aqueles pequenos pedaços restantes do castelo enfim desabassem...