Capítulo 11: Parte 4

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— Vai tomar no teu cu, JP caralho! Tu vai ferrar com a porra toda desgraçado! — quase gritou enquanto batia com força na mesa.

— Vai te foder caraí! Se eu joguei o papo que vai ser assim é porque vai filho da puta! — na hora ele arqueou uma sobrancelha, jogando um olhar “Tu tá passando dos limites”, mas apenas dei um sorriso pra ele me divertindo com o teatro todo.

— Quando tu tiver atolado em merda não vem atrás de mim, morô?— abriu a porta de forma brusca e fechou em um estrondo.

— Calma aí fi, é só aparências. Quero comprar outra não — falei baixo e o Oliver riu enquanto negava. — Noamy já tá sabendo?

— Ainda não, mas não vai demora pra zé fofoca ir no ouvido dela.

— Tu tá ligado que é melhor falar pra ela na calma do que ficar sabendo por boca do povo, né? Noamy tá de sete meses e meio Oliver, coroa falou que a qualquer momento os moleques podem vir — ele suspirou.

— Tu acha que eu não sei? Nem colocando mais os pés na boca ela tá, eu que estou cuidando do movimento de lá. Posso nem ficar muito tempo aqui.

— Melhor tu voltar e falar o proceder pra ela, sem maldade — ele ficou me encarando até que assentiu.

— Fé fé — abriu a porta e antes de fechar vi os mariquinha olhando na direção da sala e cochichando.

Pelo visto deu certo. Pensando em virar ator cara, vai quê? Agora é só esperar pra ver como Medo vai reagir.

Aê JP — WL chamou no rádio.

— Fala.

A gente vasculhou a casa, mas não tinha nada além dos troços e roupa de mulher.

— Tem certeza? — perguntei frustrado.

Sim. Olhamos duas vezes, mas o que tem essa casa?

— Bagulho aí, sem tempo para falar agora. Olharam ao redor também?

Tu tá achando que a gente  é quem JP? Entramo nesse caralho agora não. É claro que vasculhamos aos redores, até nas casas vizinhas. Mas nada de importante.

— Jae.

Joguei o rádio na mesma e passei a mão no rosto. Puta que pariu.

DEIXA AS BARREIRAS ABERTAS E SE PREPARA! — NC gritou no rádio e juntei as sobrancelhas fazendo careta. Que porra aconteceu agora?

Jae Patrão — os mano da barreira falaram.

Levantei no pulo e peguei o fuzil na parede e chave da moto descendo pra lá. Quando cheguei deixei a moto na calçada e subi pra laje, onde já tinha dois soldado com os fuzil apontados para a entrada. Na outra laje tinha mais dois soldados no mesmo pique e embaixo tinha os mano da barreira tudo já preparado. Me abaixei e apontei o fuzil também, mas sem da as caras, Playboy já tá no meio e se os dois subir aí o  bagulho fica louco. A rua já estava livre, moleques tudo dentro de casa.

Não demorou muito e vi o NC com o Enzo na moto, o último com a pistola na mão, atirando quando podia. Nicolas entrou a mil na favela e não sei como o filho da puta não derrapou com a moto. Olhei para a frente e vi três motos com um carro vindo atrás. Assim que os soldados começaram a pipocar eles, os filhos da puta recuaram e logo mataram o pé com um sangrando. Desci da laje rapidão e subi na moto indo atrás dos dois.

— O que foi aquilo caraí? — perguntei quando entrei na minha sala e vi os dois suando pra porra.

— NC desgraçado. Filha da puta jogou o papo que tava tranquilo pro lado dele, mas foi só a gente sair da rua que os pau no cu do caralho começaram a perseguir — Enzo falou putasso e se sentou no sofá, secando o suor com a blusa.

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