Guilherme – GM
Observei a bunda dela que mexia de um lado para o outro enquanto andava na frente pegando algumas coisas e colocando no carrinho.
— Miojo de galinha ou carne? — se virou para mim segurando os dois pacotes e semicerrou os olhos quando me pegou..
Abri um sorriso preguiçoso.
— Nenhum. Tu tem uma dieta a seguir, porrinha — puxei seu cabelo e ela apenas jogou mais 4 dentro do carrinho. — Quando tiver morrendo eu vou te deixar e ir embora.
— Eu tenho pai pra isso — respondeu toda cínica, a pilantra. — Cuida, Tatá. Que a gente ainda tem que ir no asfalto comprar o presente da Vitória e do Ruan!
— Ala, é culpa minha se tu deixa tudo pra cima da hora? Falar pra Noamy te esquecer como madrinha e deixar o pai aqui como padrinho.
— Como se você tivesse comprado alguma coisa.
Fiquei em silêncio por cinco segundos antes dela voltar a se virar na minha direção.
— Você falou que ia comprar junto comigo, Guilherme!
Bateu o pé no chão como a ruivinha fazia vez ou outra e tive que conter o riso.
Dei de ombros.
— Tu tava enrolando demais e o bagulho já tava esgotando.
— O que tu comprou? — abri um sorriso passando o braço por seus ombros.
— Um chiqueiro maneiro. Tem escorrega, balanço e os caraí tudo.
— Deve ter sido uma nota do caralho.
Apenas ri pelo nariz e a soltei voltando a empurrar o carrinho.
— Eu quero comprar dois Jumper’s cheios de frufru para ficarem pulando o dia inteiro... A Tatá, pega um absorvente pra mim aí.
Andou para o outro lado da prateleira olhando os sabonetes líquidos e virei o olhar para os pacotes.
— Qual deles?
— O verdinho com abas.
O peguei e franzi o cenho olhando para a imagem na embalagem.
— E isso aqui cabe na tua buceta? — perguntei confuso olhando para a nuca dela
— Guilherme! — quase gritou quando viu que uma adolescente passava pela gente e ria baixinho.
— O que mano? Tu com um capô de Fusca desse e quer usar um bagulho pequeno? — balancei o absorvente e ela veio possessa na minha direção pegando-o e jogando no carro.
— Você nunca foi tão escroto, Tatá!
— Qualé Loirinha? Me dá as costas não pô, não falei na maldade cara. Tava perguntando no sincero.
Tu acha que ela me respondeu? Continuou de costas para mim e mal abriu a boca pelo resto das compras. Isso tudo só porque perguntei se a porra do absorvente ia caber naquela boceta gostosa.
•••
Parei a moto em cima da calçada e logo ela estacionou no meio fio. A cara fechadona e mal olhando para mim. Tinha falando que queria ver de perto o que comprei e de quebra iria conhecer finalmente minha casa. Isso no puro tom de deboche.
A observei usar a calçada como apoio para poder conseguir descer da moto e colocar o capacete no guidão. Gata pra um caralho.
Passou por mim igual furacão e entrou em casa. Fui atrás enquanto ela olhava para todos os lados, hora balançando a cabeça de cima para baixo outra para os lados.
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Mais Uma Chance?[M]✔️
Teen FictionSpin off de "De Patricinha a Patroa". Sua vida estava arruinada. Viver e morrer andavam em uma linha tão tênue que bastava apenas um pequeno deslise para que tudo viesse a ruir, para que aqueles pequenos pedaços restantes do castelo enfim desabassem...