Capítulo 22

711 77 23
                                    

Guilherme – GM

Observei a bunda dela que mexia de um lado para o outro enquanto andava na frente pegando algumas coisas e colocando no carrinho.

— Miojo de galinha ou carne? — se virou para mim segurando os dois pacotes e semicerrou os olhos quando me pegou..

Abri um sorriso preguiçoso.

— Nenhum. Tu tem uma dieta a seguir, porrinha — puxei seu cabelo e ela apenas jogou mais 4 dentro do carrinho. — Quando tiver morrendo eu vou te deixar e ir embora.

— Eu tenho pai pra isso — respondeu toda cínica, a pilantra. — Cuida, Tatá. Que a gente ainda tem que ir no asfalto comprar o presente da Vitória e do Ruan!

— Ala, é culpa minha se tu deixa tudo pra cima da hora? Falar pra Noamy te esquecer como madrinha e deixar o pai aqui como padrinho.

— Como se você tivesse comprado alguma coisa.

Fiquei em silêncio por cinco segundos antes dela voltar a se virar na minha direção.

— Você falou que ia comprar junto comigo, Guilherme!

Bateu o pé no chão como a ruivinha fazia vez ou outra e tive que conter o riso.

Dei de ombros.

— Tu tava enrolando demais e o bagulho já tava esgotando.

— O que tu comprou? — abri um sorriso passando o braço por seus ombros.

— Um chiqueiro maneiro. Tem escorrega, balanço e os caraí tudo.

— Deve ter sido uma nota do caralho.

Apenas ri pelo nariz e a soltei voltando a empurrar o carrinho.

— Eu quero comprar dois Jumper’s cheios de frufru para ficarem pulando o dia inteiro... A Tatá, pega um absorvente pra mim aí.

Andou para o outro lado da prateleira olhando os sabonetes líquidos e virei o olhar para os pacotes.

— Qual deles?

— O verdinho com abas.

O peguei e franzi o cenho olhando para a imagem na embalagem.

— E isso aqui cabe na tua buceta? — perguntei confuso olhando para a nuca dela

— Guilherme! — quase gritou quando viu que uma adolescente passava pela gente e ria baixinho.

— O que mano? Tu com um capô de Fusca desse e quer usar um bagulho pequeno? — balancei o absorvente e ela veio possessa na minha direção pegando-o e jogando no carro.

— Você nunca foi tão escroto, Tatá!

— Qualé Loirinha? Me dá as costas não pô, não falei na maldade cara. Tava perguntando no sincero.

Tu acha que ela me respondeu? Continuou de costas para mim e mal abriu a boca pelo resto das compras. Isso tudo só porque perguntei se a porra do absorvente ia caber naquela boceta gostosa.

•••

Parei a moto em cima da calçada e logo ela estacionou no meio fio. A cara fechadona e mal olhando para mim. Tinha falando que queria ver de perto o que comprei e de quebra iria conhecer finalmente minha casa. Isso no puro tom de deboche.

A observei usar a calçada como apoio para poder conseguir descer da moto e colocar o capacete no guidão. Gata pra um caralho.

Passou por mim igual furacão e entrou em casa. Fui atrás enquanto ela olhava para todos os lados, hora balançando a cabeça de cima para baixo outra para os lados.

Mais Uma Chance?[M]✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora