Capítulo 12: Parte 2

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Dias antes

Aproveitei que deixei a loirinha na base e passei o papo pro Rabiola segurar as pontas enquanto eu descia pra boca pra pegar a meta. Tava animado fiote, com essa meta eu já me livrava do filho da puta, se brincasse nunca mais via ele na minha vida. Quando cheguei na boca JP já foi me puxando para a sala dele.

— Qualé GM? Vai pular fora mesmo do outro bagulho? — assenti.

— Só aceitei aquelas missão porque tinha umas conta pra pegar aí, agora tô sussa — ele balançou a cabeça contra gosto e colocou o dinheiro na minha mão, já ia falar mais, mas chamaram ele no rádio.

O mano levantou no ódio tão puro que esqueceu o celular encima na mesa desbloqueado.

Não que fosse a primeira vez, JP dava esses vacilos demais.

— Depois troco esse papo contigo, agora vou resolver esse cabaré — saiu na pressa e logo acompanhei ele.

Tinha que deixar o dinheiro em casa para depois subir pra principal e além do JP falar no meu ouvido pela demora de sair do meu turno, Playboy tava esperando só um erro meu. Moleque vai muito com minha cara não fi.

Assim que desliguei a moto enfrente de casa meu celular vibrou, quando olhei quem era já fui abrindo.

“Tenho um pacote na casa verde da rua 10  pra tu entregar nesse endereço... bagulho é no sigilo, se explanar vai sair formiga da tua boca."

Franzi o cenho e fiquei encarando a mensagem do JP. Maluco é igual o pai, tu é doido? Tava de boa jogando papo comigo e agora vem com essa. Quando comecei a responder chegou outra.

Tu vai entregar quando for levar a Madu pro curso pra não levantar suspeita.”

Estranhei na hora, quando for levar a loirinha? Não é ele que fica falando da segurança dela?

“Só vai tu e mais dois seguranças, nem mais nem menos.”

“Nem me responde morô? Apaga essas mensagens aí e nunca toca nesse assunto do pacote.”

Fiquei sem reação na hora, nem nego. Tá entendo porra nenhuma, até pensei em voltar pra boca e tirar esse papo a limpo, mas ele deixou claro pra manter a boca fechada. Além de que, ele manda e eu obedeço né filho? Ordem do feche, caralho.

Entrei rápido em casa e guardei a meta subindo pra principal depois, a mente ainda na mensagem do JP.

— Aê bando de maria fifi — chamei eles assim que passei pelo portão.

— Koé Salva-Vidas? — Rabiola já chegou todo engraçadinho, fazendo os outros rir e eu fechar a cara, olhando serinho pra ele. — Qualé, loirinha negou os amassos foi? — falou baixo só pra eu escutar, me fazendo engasgar e olhar para os lados pra ver se alguém tinha escutado, o que fez o desgraçado gargalhar.

— Brinca demais, filho da puta. Mas vocês se liguem no bagulho aqui: JP só quer mais dois seguranças comigo e a Americana de noite — geral já foi se espantando e eu mostrando só a mensagem que ele falava isso, pra não dá problema. Apaguei as outras mensagens também para não dá B.O.

— Estanho esse bagulho, aí — Pitomba falou e eu dei de ombros.

— Vai lá pergunta ao JP então, mas o patrão falou que não queria ninguém de mimi pro lado dele não — na hora ele ficou pianinho.

Cada um foi para deu lado e Rabiola subiu para pegar a meta dele, bem na hora que o filho da puta me ligou. Atendi na raiva mesmo, ainda bem que essa seria a última ligação, assim como a última vez que ia ver ele.

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