Capítulo 18

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— Tá vendo aquela ai?

Apontei para a loira oxigenada que dançava há alguns metros, enquanto tomava mais um gole de água. Tatá implicou que eu tô bêbada demais e não quer mais de dar cachaça.

— Tão falando que ela pegou a camisinha cheia de porra que o Anzol jogou e botou dentro dela com uma seringa.

— Tu tá brincando!

— Que nada. Anzol falou que se ela parecer com bucho ele tá uma coça do caralho nela. Ameaçou até colocando o ferro na cara, a oxigenada tá com o cu na mão, já tomou até álcool pra vir se mata o que nem sabe se tá vivo.

— Caralho loirinha, tu é fofoqueira pá porra.

— Uma porra, as clientes do salão que bota a boca no trombone. Me descola uma catuaba cara, nem tô mais enrolando a língua — ele riu e negou, me enfiando outra garrafa de água.

— Na tua mente que tu não tá — quando virei o rosto em sua direção, para lhe mostrar quem estava bêbada vi o Enzo pelo canto do olho que tinha dado perdido na gente já faz mó cota.

Olhei na sua direção e semicerrei os olhos no ódio quando vi uma puta se aproveitando do idiota. Me levantei do degrau da escada, mas não consegui ir muito longe, já que o ratinho pegou o meu braço.

— Vai pá onde surtada?

— Eu vou mostrar para aquela vagabunda ali como se aproveita dos outros — tentei me soltar mais a putinha me segurou mais firme. — Me solta cara.

— Meu primo já é adulto, Loirinha, sabe o que faz.

— Minha pica que ele sabe, filho da puta tá todo drogado e bêbado.

— Tu não tá diferente e nem é mãe dele — olhei serinha pro ratinho.

— Se a tia Débora tivesse visto como ele está já tinha dado uma surra do caralho nele. Agora me solta porra — GM me soltou a contra gosto e apressei o meu passo percebendo que a conversa besta do Tatá só me fez perder tempo.

— Pode ir procurar outro otário que esse daí já tem cria pra cuidar — cheguei puxando o Enzo que já me olhou feio.

— Sai daqui com tua putaria. Que eu vou comer buceta nova.

— Tu vai arrumar outra cria, desgraçado — ele apenas riu e se segurou mais na morena, enfiando a cabeça no pescoço dela e deixando um chupão.

— Se você não vier comigo agora eu ligo pra tia — o loiro me encarou como se fosse me matar ali mesmo, mas, felizmente, soltou a vagabunda que se tivesse uma arma ali teria me matado.

— Empata foda — Enzo murmurou andando para longe de mim.

Eu que não sou besta já fui mandando uma mensagem pro tio ficar esperto e de olho no filho se não quisesse outro neto.

— Bora picar o pé que já são quase cinco e tu tem trabalho.

— Tudo desculpa porque você tem também — resmunguei e o safado só riu.

— Tô juntando o útil ao agradável, fia — roubou um selinho demorado que me deixou com gosto de quero mais.

— Me deixa avisar para alguém primeiro.

Aproveitei que já estava com o celular na mão e enviei uma mensagem para o grupo da família, me fazendo poupar tempo. Porém quando comecei a andar para fora da quadra, recebi uma mensagem do senhor Steve pedindo para esperar.

Ele ainda tá sóbrio o bastante pra ler a mensagem e responder?

Olhei para cima e vi ele falando alguma coisa para a coroa, que logo começou a procurar e assim que nos viu me mandou um beijo, e um sorriso para o Tatá, enquanto meu pai descia as escadas.

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