Capítulo 7: Parte 4

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— Me desculpem — falei baixinho e os dois me olharam surpresos, até que ambos abriram um sorriso divertido.

— Tu falou o que mesmo? Não entendi direito — Rabiola indagou debochado e tentei novamente cruzar os braços fazendo um bico.

— Problema teu se você não escutou, o que importa é que eu falei — ficamos em silêncio por um segundo até que eles soltaram uma gargalhada.

— A gente só te desculpa se você arrumar uma folga aí pra gente — arquei uma sobrancelha.

— Quem manda em vocês é o JP, comedia.

— Mas é só tu fazer um charmezinho que consegue tudo o que quer — ri pelo nariz achando graça.

— Fazer o que Rabiola? — a voz grossa do Oli veio atrás deles e senti meu coração acelerar um pouco.

— Puta que pariu, ele já sabe meu nome. Estou fudido! —murmurou para apenas nos dois escutarmos e abri um meio sorriso.

— Nada não, Alemão. Fé pra vocês — disse e foi puxando o Tatá, mas o ultimo só segui o cabelo de gema quando mandou um olhar para o Oli que eu não consegui identificar.

Percebi que a mandíbula do loiro ficou cerrada e engoli em seco.

— Qualquer coisa dá um grito — puta que pariu, GM!

Assim que o Oliver fez menção de ir em cima do ratinho, soltei um gemido de dor falso, que logo trouxe a atenção do meu irmão para mim.

— O que foi? Quer que eu peça a mãe um remédio? — neguei e dei um sorriso amarelo.

— Já passou — ele me olhou desconfiado e desviou o olhar para as duas silhuetas que iam desaparecendo das nossas vistas.

— Muito saidinho esse soldado —sussurrou para si mesmo e me encarou. — Riu tanto quando meu braço ficou do mesmo jeito que o teu, que agora está pagando — sorriu e se sentou ao meu lado.

— Diferente de você eu não pedi para levar bala — ele arqueou uma sobrancelha indignado.

— E desde de quando eu pedi?

— Ué? O envolvido aqui é você, não eu! — o louro riu pelo nariz e ficou em silêncio me encarando.

— Me desculpa por aquele dia, minha Praguinha — o sorriso que estava em meus lábios murchou e me encolhi um pouco.

— Você sempre me pede desculpa, Oliver, mas sempre faz a mesma coisa. É cansativo e me magoa toda vez — falei brincando com a bainha da minha blusa e escutei ele suspirar.

— Eu estou tentando, Maria. Porém está difícil para mim também, a cada homem que chega perto de ti eu penso que quer fazer a mesma coisa que o porco lá; que se eu tivesse deixado você longe dele nada daquilo tinha acontecido — fechou os punhos com força enquanto eu fechava os olhos cansada de tudo.

Leandro consegui deixar sequelas em todos.

— Você tem que entender que não é o único que sofre com isso, e muitas vezes você está mais me machucando do que me ajudando — Oliver chegou perto da beirada da espreguiçadeira e me puxou para seu peito.

— Eu sei, estou tentando melhorar nisso — fez carinho no meu cabelo e me aconcheguei mais em seu peito sentido meus olhos marejarem.

Não queria que ninguém tivesse motivos para melhorar!

— A Noamy está bem com os bebês? — perguntei para mudar o assunto.

— Bebês? — arregalei os olhos percebendo a burrada.

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