Capítulo 1: Parte 3

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Por volta das onze da noite que o pessoal resolveu aparecer, a cara cansadona e eu jurando que eles iam ficar em casa quietinhos, mas para minha ilustre surpresa já chegaram falando sobre o baile.

-Bora, Madu, come alguma coisa aí se quiser, e vai trocar de roupa senão vai assim mesmo, tu que decide.- meu pai que nunca quis que eu pisasse em baile, me deixar ir contra sua vontade, estava praticamente me colocando dentro da quadra.

-Mas, e a Liz?- tentei argumentar e minha mãe cruzou os braços.

-Liz vai ficar com a dona Maria, não arruma corda pra te amarrar. Vai, anda, que eu não tenho o tempo do mundo inteiro. Débora, Ketelen e eu vamos arrastar a raba no chão.- mal fechou a boca e já foi recebendo o olhar do senhor Steve.

Ele andou até ela e sussurrou alguma coisa no seu ouvido, que a fez tentar conter um sorriso safado. Não quero nem pensar no era.

-Tu ainda não subiu, Biscoiteira? Deixa que eu te levo lá pra cima, porque se tem uma coisa que eu não vou fazer, é chegar atrasado naquela merda. Sarah, tá tentando testa minha paciência.- falou putinho saindo da cozinha e me arrancou pelo abraço escada acima.

-Mas o corno tá bravo?- brinquei e ele quase rosnou, o que me fez gargalhar.- A Sarah está fazendo você pagar por todos os seus pecados, Porquinho.- me soltei dele e entrei no meu quarto.

🎭🎭🎭

Depois de muito procurar uma roupa e vários gritos do meu pai, consegui vestir um shortinho Jeans claro cintura alta e um cropped branco simples. Coloquei um vans branco nos pés e com a maquiagem, cabelo feito e cheirosinha, desci encontrando meu pai sentado sozinho no sofá. Assim que ele me viu já foi arqueando uma sobrancelha.

-Tem short maior não, Eduarda? E essa blusa? Cobre porra nenhuma!- revirei os olhos internamente e me sentei ao lado dele.

-Nem está tão curto, papai, e eu não vou sair mesmo do camarote. Vou ficar quietinha do seu lado.- falei toda fofa me aconchegando nele.

Descansei a cabeça no peito dele e logo ele me abraçou, deixando um beijo em meu cabelo.

-Não vai aprontar, hein? Já vou ter que ficar de olho na tua mãe e na roupa curta do caralho, que ela vai colocar.- disse e suspirou, mas eu sabia que ele estava sorrindo.

Me lembro que quando eu era mais nova ele cismava pra porra com isso, nunca saíamos de casa antes de uma "briga" entre ele e minha mãe. Mas agora, vamos dizer que ele começou a aceitar, faz cara feia e reclama, porém só isso. Sem mais gritos e sem tom de voz grosso, vamos dizer que ele desconta no baile já que quando ele diz que não vai tirar os olhos da gente, realmente ele não tira.

-Cadê o JP?

-Picou o pé já, falou que vocês estavam demorando demais e ele tinha assunto para resolver.- acabei rindo.

-Sarah que lute. Pai o senhor sabia que a Bruna vai vir para aqui?

-Sei né, tu acha que eu já não venho me preparando não? Quatro mulheres na mesma casa? Tenho que está preparado.- rir pelo nariz e fiquei girando a aliança no dedo dele.

-Mas a Liz é uma criança ainda.

-Se pá, dá mais trabalho que tu e tua mãe juntas! Ô Melinda, porra, que demora é essa se eu sei que tu vai vestir um pedaço de roupa de um palmo?- gritou a última parte se virando para a escada e eu resmunguei.

-Meu ouvido, fi!

-Pra que esse gritaria, já estou descendo!- disse minha mãe aparecendo na escada e fala pra tu, gostosa de mais.

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