Capítulo 11: Parte 3

1.1K 120 36
                                        

João Pedro – JP

— É João Pedro! Eu estava de boas na minha com a Larissa e a desgraçada começou a jogar piadinha que eu era corna desde a lojinha, mas liguei o foda-se legal pra ela. Mas quando fui perceber a filha da puta já estava com a mão no meu cabelo, tu acha que eu ia olhar pra cara dela e sorrir? Dizer obrigada? Posso não arrumar mais confusão, mas se vier leva — falou enfiando uma blusa pela cabeça.

Cheguei aqui faltava vinte minutos pras sete e a relaxada estava dormindo ainda, sendo que as sete em ponto tem trabalho.

— Tu sabe quem era? — ela deu de ombros.

— Com certeza mais uma puta — encontrou no banheiro e começou a escovar os dentes.

Peguei meu rádio na cintura e acionei o mano que tá monitorando o Rabiola.

Na escuta.

— Passa o rádio pro Rabiola aí.

Koé? Alguma informação da loirinha? — perguntou preocupado e esperançoso.

— Loirinha um caralho, olha o respeito! E não é da tua conta não caraí — falei sério e vi a outra da uma risadinha.

Foi mal patrão.

— Tu sabe quem era a mina que pegou briga com a Sarah ontem? — ele ficou calado por um tempo, pensando, mas eu já estava ligado que ele sabia. Filha da puta era pior que veia fofoqueira.

Jéssica, mó gostosinha ela né? — Sarah já foi botando o olhão.

— Tu acha que eu tô brincando, caralho?

Foi mal é que eu tô nervoso com tudo isso. Essa hora era pá mim tá indo fazer a guarda da loi... da Americana... O nome dela é Jéssica, mora lá no pé do morro na rua três numa casa verde.

— Mora com alguém?

Deixa eu pegar a ficha do bolsa família dela — jogou todo engraçadinho pro meu lado.

— Deixa eu levar mais um Rodrigo pra vala.

Que isso JP, era só pra descontrair — falou com a voz tremendo.

Nem rendi coloquei o rádio na cintura e quando fui sair, Sarah agarrou meu braço me fazendo olhar pra ela.

— Quê que você vai fazer na casa dela? — perguntou na calma, mas era tudo teatro.

Puxei ela para perto e lhe dei um selinho, me afastando logo depois.

— Vou lá da uma rapidinha com ela. Vai ser tão rápido que tu nem vai perceber — falei enquanto já ia saindo do quarto e gargalhei alto quando ela veio possessa pra cima de mim.

— Tu não brinca comigo JP!

Sai de casa e subi na moto rapidão, se ela me pega me fodo legal.

Quando cheguei na rua 3, diminui a velocidade e fui passando devagar até que vi a casa verde. Estacionei o moto e andei até a porta da casa, já abrindo e entrando mesmo.

Fui caminhando no sapatinho olhando ao redor, mas só escutava o silêncio. Barraco só tinha dois cômodos e a filha da puta não estava em nenhum. Sai da casa no ódio querendo ir atrás do Rabiola e meter bala nele, nego brinca comigo não porra.

— Cê tá atrás da Jéssica, ela não voltou desde ontem — olhei para o lado e vi uma morena gostosinha caminhando na minha direção.

— Tu sabe prondi ela foi? — perguntei sério e ela abriu um sorriso parando na minha frente.

Mais Uma Chance?[M]✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora