Capitulo 11

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João Pedro – JP

Eu olhava pra minha mãe e me perguntava se ela era burra ou idiota. Ou talvez suicida quando foi encima do coroa, o puxando.

— Puta que pariu, Demo caralho! — praticamente gritou e deu um puxão do caralho, fazendo o velho cambalear para trás.

Ele olhou no veneno para Melinda e já fui arregalando os olhos, me colocando no meio deles.

— Bora acabar com esse cabaré aqui? Madu na puta que pariu com o pau no cu e vocês nessa porra?! — ambos me olharam e permaneci com o semblante sério. — Tu que levar o DG pro ralo? Leva, quero saber desse bagulho não — na hora a coroa já ergueu a sobrancelha pro meu lado —, mas antes ele vai soltar o verbo do que sabe — me virei para os outros que estavam na sala. — Vocês tudo vão abrir o bico, um de cada vez. DG, tu é o primeiro, vaza vocês!

Tudinho foram saindo pianinho e encarei o DG de braços cruzados. O comédia nem conseguia olhar pra minha, o rosto cheio de decepção e desgosto.

— Solta o verbo do que tu sabe — ele ficou calado por longos segundos, olhando para os pés enquanto negava com a cabeça.

Coroa fez menção de ir encima dele, mas a mãe se colocou no meio provocando o pai com os olhos. Duas crianças, na moral.

DG levantou o olhar pra mim e vi que lágrimas solitárias desciam pelo rosto dele. Douglas respirou fundo e começou a falar, fazendo careta a cada palavra já que a boca estava cortada.

— Vou te jogar o papo transparente aqui, acredita se tu quiser. Eu não tava ciente dessa crocodilagem do Guilherme não. Ele fez essa marmelagem pelas minhas costas também. O desgraçado vacilão do caralho me fez abrir a boca pra depois cagar dentro — falou no ódio, mas eu estava ligado na tristeza presente.

— Como tu me explica ficar doente logo no mesmo dia? — meu pai já foi colocando o nariz.

— Tu acha que eu sei? Tô esperando o resulta... — ele parou de forma brusca, como se tivesse se lembrando de algo, até que o semblante ganhou a incredulidade e o nojo.

Malandro soltou uma risadinha e depois negou com a cabeça como se não pudesse acreditar.

— Ontem o vacilão chegou com uma lasanha pela metade, falando que não aguentava mais comer e me deu — Playboy juntou as sobrancelhas.

— Tu tá dizendo, aqui na nossa cara, que aquele filha da puta do caralho te drogou e você nem percebeu?

— Se eu não tiver drogado agora, tô!

Playboy fechou a cara na hora e meu pai já estava no ódio para ir encima comédia, deu mais um passo. Antes que o bagulho ficasse pior do que já estava entre ele e a coroa, o puxei para trás.

— Tu devia ir pra base — falei serinho e ele já me olhou daquele jeito.

— Eu não vou pra porra nenhuma, a otaria aí que tem que picar o pé — apontou com o queixo pra mãe e percebi que ela já estava longe. A ficha caindo aos pouquinhos do tamanho do B.O.

— Eu — ela balançou a cabeça de um lado para o outro. — não vou sair daqui e deixar que vocês o matem, ele... ele não tem culpa, eu... — mas antes que ela conseguisse falar, o coroa interrompeu.

— Se tu falar isso Melinda, eu juro que não vou responder por mim. Olha o caralho que deu confiar em tu — fechei os olhos com força quando vi as palavras atingir pra caralho a coroa e respirei fundo.

— Tu não vai falar mais nada não! — já fui soltando o verbo quando vi ele querer abrir o bico de novo pro lado dela. — Vai soltar essa raiva na puta que pariu, mas não nela! — olhei de relance para a morena e vi que as lágrimas começavam a cair, enquanto ela sussurrava alguma coisa.

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