Capítulo: 4

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Matheus;

— E o quê você acha desse? — Vitória perguntou, pela milésima vez, qual macacão era mais bonito.

— É bonito, pô — bufei. — Aliás, o primeiro já estava bom, não sei pra quê essa maluquice.

A Vitória tinha hora que era chata pra caralho, na moral, pra quê ficar trocando de roupa toda hora?

— Amor? — me chamou, e eu olhei pra ela. — Você estava prestando atenção no quê eu estava falando?

— Uhum.

Me olhou de braços cruzados, e eu dei um selinho nela.

— Vou lá na casa do Andrei — me levantei da cama, e ela levantou junto.

— Tá bom — fez bico, e eu peguei a chave do carro. — Não demora! — gritou quando eu já estava na porta, e eu nem respondi.

A gente já namorava fazia 2 anos e pouco, de tanto que ela ficou no meu pé, dei uma chance pra ela. Vive aqui na minha casa, parece até que mora comigo, mas não ia dar certo isso não, já passo raiva com ela, sendo que a gente nem mora junto, imagina se morasse?

Me mudei pra um apartamento, um pouco distante de onde eu morava antes, ficava mais perto da minha faculdade, e eu queria um tempo só pra mim.

Dirigi até a casa do Andrei, e cheguei lá, depois de meia hora dirigindo.

Bati na porta dele, que depois de alguns minutos abriu, e sorriu assim que viu que era eu.

— Que saudades, teu viado —  fez toque comigo, me fazendo rir.

— Pois é, quanto tempo — deu espaço pra mim entrar, e assim fiz — Luana tá aí?

— Ela saiu, foi na casa da mãe dela — respondeu, e eu balancei a cabeça.

Eles agora estavam morando em uma casa bem maior da que eles moravam anos atrás.

— Então... Vou pedir a Luana em casamento — esfregou as mãos, parecendo nervoso, e eu encarei ele, surpreso.

— Caralho, só vai, meu parceiro! — abracei ele, e a porta abriu, mostrando o Ruan que sorriu assim que me viu, e veio me abraçar.

— Estava sentindo maior falta tua, você sumiu! — disse, se afastando, e fazendo toque com o Andrei.

— Ele largou os amigos — Andrei revirou os olhos, e o Ruan concordou.

— Trabalho, muita coisa para resolver — suspirei, me sentando no sofá.

— Uhum, sei.

— Mas aí, adivinha quem vai casar, Ruan — ri, e ele fez praticamente a mesma cara que eu fiz, de surpreso, olhando para o Andrei.

— Calma, eu ainda vou pedir — coçou a cabeça — Mas iai, quando você vai pedir a Vitória em casamento, Matheus?

Fiz careta, negando, e eles ficaram rindo.

— Tá maluco? — neguei com a cabeça.

— Pô, tu tá namorando com ela há bastante tempo. Tem que ter algo a mais, né — respondeu, e eu já fiquei meio assim.

— Acredita que ela já veio com esses papos de casar? Menina doida, eu não! — neguei com a cabeça de novo, e eles riram mais uma vez.

Ficamos jogando vídeo game por maior tempão, até a Luana chegar, enquanto falava no celular.

— Tá bom. Pode deixar! Dá um beijo nessa pestinha por mim. Amo vocês! — sorriu, e colocou o celular em cima da mesinha. — Matheus? Você por aqui? Que milagre é esse? — fez careta, e veio me abraçar.

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