Capítulo: 2

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Acordei com o despertador tocando, marcando 5:00 horas da manhã.

Sentei na cama suspirando, olhando para um ponto fixo no chão, pensando o porquê de eu não ser rica. Não aguento mais todo dia acordar cedo.

Além de advogada, eu ainda trabalho em uma cafeteria bem chique daqui de Boston. É sempre bom ganhar um dinheiro extra, ainda mais que eu estou no começo da minha carreira.

Me levantei, indo até o banheiro, e tomando um banho com a àgua um pouco gelada, pra ver se eu acordava, mesmo que esteja um pouco frio, já que, eu acordei mais cansada do que quando eu fui dormir.

Terminei, escovei meus dentes, e vesti uma calça, com uma blusa de manga preta. Coloquei meu tênis, passei uma maquiagem bem básica, e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, que batia um pouco abaixo do meu peito. Meti a louca e cortei meu cabelo que já batia na bunda.

Mas, enfim, até que não me arrependi, gostei do curtinho, já que combinou comigo que sou baixinha.

Terminei, e fiz um copo de Toddy pra mim beber.

Os tempos não mudam, né? Eu, uma adulta com 23 anos na cara, ainda tomo Toddy, odeio café.

Irônico que eu trabalho em uma cafeteria, mas né, fazer o quê? Detesto.

A minha tia que cuida da Manu pra mim trabalhar tinha chegado. Ela cuida dela desde que eu fazia faculdade. Além de ter cuidado de mim até os 21 anos.

Fui até o quarto dela, que estava dormindo feito um anjinho, e dei um beijo em sua cabeça. Sai de lá, fechando a porta atrás de mim, e fui pegar minha bolsa, e a chave do carro.

- Tchau, Rebeca - minha tia sorriu, e eu dei um abraço nela.

Ela foi também como uma mãezona pra mim, me ajudou demais, quando eu estava mais perdida que cego em tiroteio.

- Até mais tarde, tia - acenei pra ela que retribuiu, e sai de lá, indo até o elevador.

A porta do elevador já estava quase fechando, mas eu corri até lá, e coloquei a mão na frente, que abriu novamente.

Respirei fundo, e entrei nele.

- Iae, doida - olhei para o lado, e vi a Nathy ali.

- Nem te vi aí - ri, e abracei ela.

- Você sempre nesse seu mundo da lua - fez careta, e acabamos rindo.

- Nossa, que sono que eu tô! - bocejou, colocando a cabeça no meu ombro.

- Preguiçosa tu, hein - falei, e a porta do elevador abriu.

- Dormi tarde ontem, fiquei assistindo série - disse, e desencostou a cabeça do meu ombro, andando ao meu lado.

- Novidade, dona Nathália - neguei com a cabeça.

- Fazer o quê, se o gostoso do Lúcifer não me deixa dormir - bufou, e eu soltei uma risada baixa.

- Bom dia! - cumprimentamos o porteiro

- Bom dia, meninas.

Fomos conversando até a garagem, e fui até meu carro, abrindo ele, e entramos.

- Esqueci de um negócio! - arregalou os olhos, e olhei pra ela, enquanto colocava o cinto.

- O quê?

- O capacete - riu, mas em um tom apavorado - Mas é sério, até hoje eu tenho trauma de andar com você de carro, desde aquele dia.

Começamos a rir, esse dia foi louco. Eu perdi sem querer o controle do carro, e quase bati em um poste, mas graças a Deus, não aconteceu nada com a gente, depois disso, comecei a tomar mais cuidado. Mas isso já faz 3 anos atrás, e ela ainda diz que tem medo de andar de carro comigo.

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