Capítulo: 43

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Uma semana depois...

- Iae, feiosa! - minha irmã beija minha barriga, e então me abraça, me fazendo retribuir e rir. - Cadê todo mundo?

- Nathália e Alisson foram dar uma volta, e a Manuella está com o pai - respondo, fechando a porta logo atrás de mim.

- Hum, então ela está gostando de ficar com o Matheus. Isso é bom! - diz, e se joga no sofá. - E você?

- Eu o quê? - a encaro sem entender, enquanto colocava o meu brinco.

- Como está as coisas entre vocês dois?

- Péssimas, horríveis, só ladeira abaixo! - reviro os olhos. - Quando eu acho que estamos nos dando bem, a gente briga.

- Sei como é o se dar bem de vocês dois - sorriu de forma maliciosa, levando seu olhar até minha barriga.

- Vai dormir, garota! - pego uma almofada do sofá, e jogo nela que solta um risada alta, assim como eu.

- Aliás, tá indo pra onde assim toda arrumada? - pergunta, e mordo os lábios, esquecendo completamente de ter tido uma conversa com ela sobre isso.

- Então... - sento ao seu lado, e ela se ajeita para me olhar melhor. - Bom... Ray, você sente alguma coisa ainda pelo Guilherme?

Assim que faço a pergunta, sua expressão logo muda. Sua testa se franziu, e uma de suas sobrancelhas se levantam.

- Então quer dizer que você vai sair com ele? - pergunta, e passo a mão pela nuca.

- Necessariamente não quer dizer que eu vá sair com ele, só te fiz essa pergunta porque fiquei curiosa, sabe?

Sim, eu realmente ia.

Esses dias conversei com ele por mensagem, pouco, umas duas vezes, no máximo. No meio dessas duas conversas resolvi chamar ele para jantar, porque andei evitando ele, e comecei a me sentir mal por isso. E ele aceitou.

Mas se a Rayssa se incomodar com isso, é claro que eu desmarco tudo, e finjo que nunca conheci ele.

Antes magoar ele do que a minha própria irmã.

- Se você jogou outra pergunta mencionando ele em cima da minha pergunta, quer dizer que sim, a pessoa com quem você vai sair é ele - responde em um tom de voz normal, e de fato não sei se ela se incomodou com isso ou não.

- Quando eu comecei a falar com ele desde que eu voltei, eu ia te dizer isso - passo a língua pelos lábios. - Era tanta coisa acontecendo, que eu nem se quer conversei com você sobre isso. Porque eu iria e vou colocar você e seus sentimentos como prioridade.

Ela me encara por alguns segundos, mesmo após eu já ter terminado de falar.

Quando eu ia tentar dizer alguma coisa para quebrar o gelo, a mesma solta uma risada, me deixando sem entender o que estava acontecendo.

- Relaxa, Rê. Eu não me importo! E respondendo a sua pergunta, eu não sinto mais nada por ele, e pra falar a verdade, acho que eu nunca nem senti - faz careta, e fico surpresa. - Mas achei fofo a sua preocupação.

- Você nunca sentiu nada por ele na adolescência?

- Não - responde de imediato. - Eu via mais ele como um amigo, acho que no calor do momento eu confundi as coisas na época. Mas depois percebi que se eu continuasse com aquilo, iria machucar ele mais ainda.

- Então... Tá tudo bem por você se eu for sair com ele? - pergunto, ainda um pouco apreensiva.

- É claro, doida! - ri novamente. - Então desde que você voltou, vocês dois já se pegaram?

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