Matheus:
Viro para um lado, para o outro, e nada de conseguir dormir, então apenas fico deitado de barriga pra cima observando o teto.
Deixo um suspiro escapar, e fico olhando as horas várias e várias vezes no celular, mas nada dela passar.
Anos podem se passar, mas a porra da insônia nunca sai de mim!
Tampo meus olhos com o braço, e fico naquela posição por um tempo, até meu celular começar a vibrar em cima da cômoda, que estava ao meu lado.
Apenas estico o meu braço, e pego o mesmo, querendo saber o porquê de alguém me ligar uma hora dessas.
Passo minha mão por meus olhos, e quando consigo vizualizar o nome da pessoa, me surpreendo por ser o da Rebeca, e então atendo rapidamente.
Ligação on:
— Aconteceu alg...
— Papai... A-a ma-mamãe... — a voz da Manuella soa do outro lado, e então me sento de imediato na cama.
— O que tem a sua mãe?! — pergunto desesperado, assim que ouço o seu choro.
— E-ela... — respira fundo várias vezes, não conseguindo terminar a frase.
— Manuella, calma! Fica calma, filha! O papai está aqui, só me diz o que aconteceu! — peço, tentando transmitir tranquilidade pra ela.
— A-a mamãe, ela passou mal e está caída no banheiro! — diz, e começa a chorar mais, o que me fez dar um pulo da cama. — Acho que ela morreu, papai!
— O quê?! — começo a andar de um lado para o outro pelo quarto.
— Ela tem sangue no corpo! — murmura, e fecho meus olhos, já pensando no pior.
— Eu já tô chegando aí!
Ligação off:
Pego minha carteira rapidamente, e sem conseguir controlar o nervosismo, saio rapidamente do quarto.
Desço as escadas correndo, sem nem me importar com o barulho, e quando toco a maçaneta da porta, ouço alguém me chamar no topo da escada.
— O que aconteceu, Matheus? — Lorena pergunta, com a voz carregada de sono.
— A Rebeca! — consigo apenas dizer isso enquanto destrancava a porta, e ela já percebeu de cara que havia algo de errado.
— Vou com você! — ela diz, e volta para o quarto.
Se até eu chegar no carro ela não ter aparecido, eu não iria esperar ela de jeito nenhum.
Vou até a garagem e tiro o meu carro de lá, já pronto para dar partida, mas então vejo a Lorena vir correndo usando ainda o pijama que estava, com um casaco por cima e uma bolsa.
Ela entra, e então eu dou partida com o carro, sem nem me importar com a velocidade que eu estava.
— Matheus, calma, vai devagar! — ela pede, e mesmo sem olhá-la, eu poderia sentir o desespero em seu olhar.
— Calma? A minha filha acabou de me ligar dizendo que acha que a mãe está morta no banheiro!
— A REBECA? — pergunta, ainda mais desesperada, e apenas assinto com a cabeça, aumentando mais a velocidade.
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Não Existe Mais Amor
RomanceCinco anos se passaram. Cinco anos de lembranças que foram deixadas para trás, e um amor que foi destruído. Matheus e Rebeca eram novos demais para entender o amor e vivê-lo naquela época. Mas, será que agora estão preparados para vencer o orgulho...