Capítulo: 47

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Matheus:

Viro para um lado, para o outro, e nada de conseguir dormir, então apenas fico deitado de barriga pra cima observando o teto.

Deixo um suspiro escapar, e fico olhando as horas várias e várias vezes no celular, mas nada dela passar.

Anos podem se passar, mas a porra da insônia nunca sai de mim!

Tampo meus olhos com o braço, e fico naquela posição por um tempo, até meu celular começar a vibrar em cima da cômoda, que estava ao meu lado.

Apenas estico o meu braço, e pego o mesmo, querendo saber o porquê de alguém me ligar uma hora dessas.

Passo minha mão por meus olhos, e quando consigo vizualizar o nome da pessoa, me surpreendo por ser o da Rebeca, e então atendo rapidamente.

Ligação on:

— Aconteceu alg...

— Papai... A-a ma-mamãe... — a voz da Manuella soa do outro lado, e então me sento de imediato na cama.

— O que tem a sua mãe?! — pergunto desesperado, assim que ouço o seu choro.

— E-ela... — respira fundo várias vezes, não conseguindo terminar a frase.

— Manuella, calma! Fica calma, filha! O papai está aqui, só me diz o que aconteceu! — peço, tentando transmitir tranquilidade pra ela.

— A-a mamãe, ela passou mal e está caída no banheiro! — diz, e começa a chorar mais, o que me fez dar um pulo da cama. — Acho que ela morreu, papai!

— O quê?! — começo a andar de um lado para o outro pelo quarto.

— Ela tem sangue no corpo! — murmura, e fecho meus olhos, já pensando no pior.

— Eu já tô chegando aí!

Ligação off:

Pego minha carteira rapidamente, e sem conseguir controlar o nervosismo, saio rapidamente do quarto.

Desço as escadas correndo, sem nem me importar com o barulho, e quando toco a maçaneta da porta, ouço alguém me chamar no topo da escada.

— O que aconteceu, Matheus? — Lorena pergunta, com a voz carregada de sono.

— A Rebeca! — consigo apenas dizer isso enquanto destrancava a porta, e ela já percebeu de cara que havia algo de errado.

— Vou com você! — ela diz, e volta para o quarto.

Se até eu chegar no carro ela não ter aparecido, eu não iria esperar ela de jeito nenhum.

Vou até a garagem e tiro o meu carro de lá, já pronto para dar partida, mas então vejo a Lorena vir correndo usando ainda o pijama que estava, com um casaco por cima e uma bolsa.

Ela entra, e então eu dou partida com o carro, sem nem me importar com a velocidade que eu estava.

— Matheus, calma, vai devagar! — ela pede, e mesmo sem olhá-la, eu poderia sentir o desespero em seu olhar.

— Calma? A minha filha acabou de me ligar dizendo que acha que a mãe está morta no banheiro!

— A REBECA? — pergunta, ainda mais desesperada, e apenas assinto com a cabeça, aumentando mais a velocidade.

Não Existe Mais Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora