Capítulo: 63

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Melissa:

— Oi, meu príncipe!

— Titiaaa! — o Yuri abriu os bracinhos e já queria pular em cima de mim após eu abrir a porta.

— Filho, a titia não pode te segurar, você sabe... — a Lorrayne diz enquanto passava sua mão por seu cabelo que estava penteado em um topetinho, sem que se dessarumasse.

Um bico se formou em sua pequena boca, e meu coração ficou apertadinho.

Já fazia um tempo que eu não segurava mais ele no colo. Minha barriga estava bem grande, e era meio impossível eu fazer isso.

— A titia não pode te segurar, mas a titia pode te encher de beijos! — seguro em seu rostinho e começo a distribuir beijinhos por todo o seu rosto.

Ele solta uma risadinha gostosa, fazendo eu e a Lorrayne rirmos juntas.

— Bom, quando você e o Ruan forem levar ele no domingo, me avisem, porque é dia de culto na igreja — ela diz após colocar o Yuri no chão, e me entrega a mochilinha dele.

— Claro! — sorrio de lado, e ela retribui. Ela então se despede do seu filho, e me dá um abraço antes de ir embora. — Vamos entrar?

— Vamoss! — a criança pequena ao meu lado responde todo animado, e eu sorrio segurando em sua mão. Assim que entramos dentro de casa, ele já foi olhando ao redor, parecendo procurar algo. — Cadê o meu papai?

— O seu papai está trabalhando — respondo, e ele solta um ah. — Mas, nós dois podemos desenhar enquanto esperamos ele, que tal?

Ele abriu um sorriso enorme, e foi correndo até a mesa de jantar, onde havia já papéis e canetinhas em cima da mesa.

Eu sabia o quanto ele amava desenhar, então já sempre deixava as coisinhas separadas para quando ele chegasse.

Me sento na cadeira que estava ao lado dele, e ficamos desenhando enquanto batiamos um papo.

Ele contava como havia sido a semana dele, e como estava sendo na creche nova. Pelo o que eu soube, ele já fez novos amiguinhos, e todo mundo lá gosta dele, menos um tal de Júlio. A criança só tem dois anos e já tem inimigos, vê se pode?

— Titia, seu celular tá tocando — ele diz enquanto estava concentrado em seu desenho, e então eu pude ouvir a música da Doja Cat tocando.

— A titia já volta, amorzinho — me levanto com um pouco de dificuldade da cadeira, e ele apenas assente com a cabeça.

Essa criança é um amor! Nunca vi ele fazendo pirraça ou algo assim. E também é sempre bem quietinho e tímido com os de fora.

Caminho até a mesinha da sala onde estava meu celular tocando sem parar, e quando pego ele em minhas mãos, brilhava na tela um número desconhecido.

Eu já atendo logo, até porque poderia ser alguma cliente minha, e isso ocorre direto de eu receber ligações importantes de números desconhecidos, então nunca recuso.

Ligação on:

— Alô? 

— Melissa? — a voz de uma mulher soa do outro lado da ligação, parecendo surpresa por me ouvir.

— Eu mesma! Quem seria?

— S-sou eu... Sua sogra.

— Minha sogra?! — fiquei totalmente surpresa com aquilo, e principalmente confusa.

Não Existe Mais Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora