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Melissa:
— Oi, meu príncipe!
— Titiaaa! — o Yuri abriu os bracinhos e já queria pular em cima de mim após eu abrir a porta.
— Filho, a titia não pode te segurar, você sabe... — a Lorrayne diz enquanto passava sua mão por seu cabelo que estava penteado em um topetinho, sem que se dessarumasse.
Um bico se formou em sua pequena boca, e meu coração ficou apertadinho.
Já fazia um tempo que eu não segurava mais ele no colo. Minha barriga estava bem grande, e era meio impossível eu fazer isso.
— A titia não pode te segurar, mas a titia pode te encher de beijos! — seguro em seu rostinho e começo a distribuir beijinhos por todo o seu rosto.
Ele solta uma risadinha gostosa, fazendo eu e a Lorrayne rirmos juntas.
— Bom, quando você e o Ruan forem levar ele no domingo, me avisem, porque é dia de culto na igreja — ela diz após colocar o Yuri no chão, e me entrega a mochilinha dele.
— Claro! — sorrio de lado, e ela retribui. Ela então se despede do seu filho, e me dá um abraço antes de ir embora. — Vamos entrar?
— Vamoss! — a criança pequena ao meu lado responde todo animado, e eu sorrio segurando em sua mão. Assim que entramos dentro de casa, ele já foi olhando ao redor, parecendo procurar algo. — Cadê o meu papai?
— O seu papai está trabalhando — respondo, e ele solta um ah. — Mas, nós dois podemos desenhar enquanto esperamos ele, que tal?
Ele abriu um sorriso enorme, e foi correndo até a mesa de jantar, onde havia já papéis e canetinhas em cima da mesa.
Eu sabia o quanto ele amava desenhar, então já sempre deixava as coisinhas separadas para quando ele chegasse.
Me sento na cadeira que estava ao lado dele, e ficamos desenhando enquanto batiamos um papo.
Ele contava como havia sido a semana dele, e como estava sendo na creche nova. Pelo o que eu soube, ele já fez novos amiguinhos, e todo mundo lá gosta dele, menos um tal de Júlio. A criança só tem dois anos e já tem inimigos, vê se pode?
— Titia, seu celular tá tocando — ele diz enquanto estava concentrado em seu desenho, e então eu pude ouvir a música da Doja Cat tocando.
— A titia já volta, amorzinho — me levanto com um pouco de dificuldade da cadeira, e ele apenas assente com a cabeça.
Essa criança é um amor! Nunca vi ele fazendo pirraça ou algo assim. E também é sempre bem quietinho e tímido com os de fora.
Caminho até a mesinha da sala onde estava meu celular tocando sem parar, e quando pego ele em minhas mãos, brilhava na tela um número desconhecido.
Eu já atendo logo, até porque poderia ser alguma cliente minha, e isso ocorre direto de eu receber ligações importantes de números desconhecidos, então nunca recuso.
Ligação on:
— Alô?
— Melissa? — a voz de uma mulher soa do outro lado da ligação, parecendo surpresa por me ouvir.
— Eu mesma! Quem seria?
— S-sou eu... Sua sogra.
— Minha sogra?! — fiquei totalmente surpresa com aquilo, e principalmente confusa.
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Não Existe Mais Amor
RomanceCinco anos se passaram. Cinco anos de lembranças que foram deixadas para trás, e um amor que foi destruído. Matheus e Rebeca eram novos demais para entender o amor e vivê-lo naquela época. Mas, será que agora estão preparados para vencer o orgulho...