Capítulo: 14

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Rebeca:

— Mamãe, acorda...

Abro meus olhos lentamente com uma voz baixinha perto do meu rosto, e uma mão pequena em meus cabelos.

Assim que vi a Manu, dei um pequeno sorriso, e fiz careta, pela claridade da janela que estava incomodando meus olhos.

— Vovó está chamando para o almoço, vamos? — esticou a mãozinha, e eu balancei a cabeça, me levantando e segurando em sua mão.

— Vai indo na frente, a mamãe já está indo, okay?

Ela balançou a cabeça, e eu dei um beijo em sua cabeça. Ela logo desceu toda animada, e eu fui direto para o banheiro.

Eu estava com uma cara de acabada da porra, viu!

Tomei um longo banho, e lavei meu cabelo.

Vesti uma roupa descente, e passei alguns cremes corporais, e um corretivo no rosto, apenas pra disfarçar minha cara de cansada.

Desci, e já vi todos eles ali na mesa almoçando, inclusive a Nathália, que parecia estar bem feliz.

Na verdade, estava faltando o Alisson, mas imaginei que ele estivesse na casa dos pais dele.

— Nem me esperaram... — fiz bico, e me sentei ao lado da Nathália.

— Até tentamos, filha, mas você demorou demais... — minha mãe levou uma colherada de comida até a boca, e eu ri.

— O que vamos fazer hoje? — Nathália perguntou, bastante animada, e a Manuella logo entrou na onda dela.

— Parquinho! — respondeu, e bateu as mãos na mesa, fazendo todos se assustarem. — Desculpa...

— Aí, filha, tem outros lugares legais por aí — falei, e peguei um tanto de batata frita enfiando na boca, eu estava morrendo de fome.

— Vovó e Vovô te levam, meu amor! — meu pai sorriu pra ela, que retribuiu. 

— Puxa sacos... — falei baixo, e então olhei pra Nathália. — Então o quê nós vamos fazer hoje?

— Eu estava pensando aqui... Que tal irmos em algum barzinho? — sugeriu, e fiz careta.

— Já bebemos ontem...

— O quê que tem? — arqueou a sobrancelha. — Temos que aproveitar nossas férias!

— Eu ainda não achei o Mike... — passei a mão pelo rosto, e de imediato olhei pra Manu.

— O Mike sumiu? — arregalou os olhos, e pude ver eles brilharem por conta das lágrimas.

— Não... não filha, ele...

— Ele está no Spa! — minha mãe respondeu rápido, e eu arqueei a sobrancelha.

— Spa? — ela perguntou, confusa. 

— Sim, amor! Um Spa de cachorros! Ele deve ficar alguns dias lá para se cuidar! — minha mãe deu um sorriso sincero, que até eu mesma acreditaria se não soubesse a verdade.

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