Capítulo: 25

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Rebeca:

— Ele não atende o celular... — Andrei bufou, tirando o celular da orelha pela milésima vez na tentativa de conseguir falar com o Matheus.

— Já faz praticamente uma hora que ele saiu — Lucas olhou em seu relógio, e direcionou o olhar para todos nós. — Viram, aprendi a usar relógio de ponteiro! — brincou, na tentativa de amenizar a situação, o que fez a Melissa meter um tapa em sua cabeça.

Sentada naquele sofá ansiosa, apoiei meus cotovelos nas minhas pernas, e me inclinei para frente, colocando minhas mãos em meu rosto.

— Na verdade, faz meia hora — Ruan corrigiu ele. — Vou atrás dele.

Apenas escutei o barulho de chaves, e a porta sendo aberta.

— Eu vou com você, pô! — Andrei disse, e o resto dos meninos concordaram em ir junto, apenas o Alisson que quis ficar aqui comigo e as meninas.

— Por favor, qualquer notícia vocês ligam! — Luana pediu com a voz chorosa, e apenas escutei um ok deles.

Logo a porta foi fechada, e o silêncio reinou naquela sala. Era possível apenas escutar o barulho dos pés, acho que da Laís ou da Melissa, sendo batidos contra o chão.

Me mantive naquela mesma posição de antes, sem olhar para nenhum deles. Muito, muito ansiosa.

Depois de um longo tempinho, senti duas mãos alisando devagar as minhas costas. Cansada já de ficar daquele jeito, ajeitei minha postura, e encarei a Nathália e o Alisson, sentados cada um de um lado, enquanto deram um sorriso pequeno, e eu retribui.

Me levantei dali, disposta a ir lá em cima fazer uma coisa, onde eu teria mais privacidade.

— Vai aonde? — Luana perguntou, quando eu já estava no topo da escada, mas eu não respondi.

Entrei no quarto onde eu dormia, e fechei a porta, indo para a varanda e tirando meu celular do bolso.

Com as mãos tremendo, eu entrei na minha lista de contatos e procurei o número da minha mãe, que estava entre os primeiros recentes.

Respirei fundo, e cliquei em seu número, logo levando meu celular até a orelha.

Encarei o chão, e chamou uma, duas, três, até chegar no quarto toque, e ela atender.

Ligação on:

— Oi, filha! — sua voz soou em um tom de felicidade, ela sempre gostava quando eu ligava.

— Oi, mãe! — diferente dela, minha voz saiu em tom de nervosismo e aflição, e ela como me conhece mais que eu mesma, percebeu de primeira que tinha algo de errado, já que a mesma ficou em silêncio, esperando que eu dissesse algo. — Mãe... Eu preciso falar com a Manuella...

— O que aconteceu, meu amor? — perguntou preocupada, e soltei um suspiro baixo, guardando as lágrimas para mim.

— Eu só preciso falar com a minha filha, mãe, depois eu te conto tudo! — levantei meu olhar para o horizonte a minha frente, com a voz embriagada.

Não Existe Mais Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora