Capítulo: 15

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Matheus:

— O que foi? — olhei pra Vitória, que estava há alguns minutos me encarando com os braços cruzados.

— Nada! — respondeu, e então revirei os olhos, voltando minha atenção para o celular.

Ela continuou sentada no sofá, quieta, sem tirar os olhos de mim, e isso já estava me irritando.

Bufei, e então desliguei o celular, colocando ele de lado, e cruzando os meus braços, encarando ela.

— Fala.

Ela ficou inquieta, e começou a roer unha, sem tirar os olhos de mim, enquanto eu olhava pra ela atentamente.

— Hm... Não é nada... — disse baixo, e então eu me levantei da poltrona, pronto pra ir para o quarto. — Espera!

Me virei novamente, e fiquei esperando ela dizer algo.

— Já que você está de folga e eu também, poderíamos fazer algo... Não sei. O que você acha? — perguntou, e então eu me aproximei dela, sentando ao seu lado, mas de frente pra ela.

— Quer sair pra algum lugar? — arqueei a sobrancelha, e ela balançou a cabeça, com um sorrisinho de lado. — Não dá, tô cansado.

Ela na mesma hora desmanchou o sorriso, e então eu coloquei seu cabelo atrás da orelha.

— Tô brincando, vai lá se arrumar.

Seu sorriso voltou, e então ela se levantou, indo para o quarto.

Não poderia negar que eu estava cansado, mas não custa nada agradar ela as vezes, né?

Apenas troquei de roupa, já que eu havia tomado banho há poucos minutos atrás, e então fiquei esperando ela, que não demorou muito.

— Tá gata — dei um beijo em sua cabeça, e ela sorriu.

Peguei as chaves, tranquei a porta, e então saímos.

Dirigi até o restaurante que ela mais gostava, enquanto ouvia ela dizer como foi seu dia.

Já era umas sete horas da noite quando chegamos lá, e ela estava bastante feliz.

Ela cruzou nossas mãos, e andamos até lá dentro, sentando em uma mesa com uma ótima vista para o jardim, que tinha uma ótima iluminação e decoração.

— O que vai querer? — perguntei, olhando o cardápio.

— Hm... O mesmo de sempre! — batucou as unhas na mesa, e ficou pensativa. — Mas hoje vou querer só mais algumas coisinhas a mais.

Encarei ela, e franzi a testa. Ela não é de comer muito, é toda fresca.

Assim que eu abri a boca, o garçom apareceu.

— Boa noite! Já decidiram o que vão querer?

— Boa noite! Eu vou querer esse prato aqui, e adiciona batata frita, bastante, por favor! E também couve refogada, uma fatia de escondidinho de carne moída, por fim, uma salada! — fechou o cardápio, e sorriu para o garçom, que anotava tudo.

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