Capítulo: 5

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Rebeca:

Estávamos eu, Manu, e o meu amigo de trabalho, Jhon, sentados em uma mesa de um restaurante muito chique daqui de Boston. O lugar era simplesmente maravilhoso!

Ele havia me chamado para jantar hoje quando estávamos no trabalho. Eu trouxe a Manu junto, para ela conhecer ele, já que, eu apresentava todos os meus amigos a ela, mas, ter trazido ela não foi uma boa idéia.

O jantar não estava indo como eu planejei. A Manuella, de primeira, só pela cara que ela fez quando viu o Jhon, não gostou dele.

O que resultou em várias perguntas.

— Por que você quis sair com a minha mamãe? — arqueou a sobrancelha, me fazendo respirar fundo mais uma vez.

— Porque somos amigos! — respondeu, com um sorriso.

— Já chega de perguntas, né, Manuella? — encarei ela, que se encostou na cadeira e cruzou os braços.

— Isso aqui está muito chato — resmungou, e por debaixo da mesa, eu catuquei ela com a perna, que ajeitou sua postura.

— Quando sairmos daqui, podemos ir ao parque! — Jhon continuou com o sorriso, e ela fez careta.

Antes que ela respondesse algo, eu fui mais rápida.

— Não vai dar! Quem sabe outro dia. — sorri gentil, diferente da criança do tamanho de uma tampa que estava ao meu lado com a cara emburrada.

Se ela não gostasse de alguém, nem macumba faz ela gostar. Pior é a cara que ela fica pra pessoa. Já repreendi essa atitude dela várias vezes, mas adianta porra nenhuma!

Nossas comidas chegaram, e já sabemos como foi o resto do jantar, né?

Ela ficou em silêncio, graças a Deus! As vezes prefiro ela quieta do que falando.

Quando terminamos, ele pediu para nos deixar em casa, mas eu recusei. Me despedi dele, e fui embora rapidamente com a Manuella.

— O que conversamos antes de sair de casa? — cruzei os braços, parando de andar.

Que era pra mim me comportar — repetiu o que eu havia falado, e fez bico.

— Então, Manuella!

— Mas, mamãe, aquele cara é muito chato!

— Você não pode falar isso das pessoas sem conhecê-las! — fiz cara feia pra ela.

— Eu conheci ele o suficiente pra saber que ele é chato e sem graça! — rebateu, e eu franzi a testa.

— Foi isso que eu te ensinei? Julgar as pessoas e ser mal criada? — perguntei, e ela passou as mãos pelo cabelo.

Ela sempre fazia isso quando tinha a resposta na ponta da língua, mas não queria me responder, ou, quando estava nervosa e irritada.

Ela puxou a mesma mania dele.

— Desculpa!

— Muda essa sua atitude, ou, eu não te levo mais para sair! — falei seriamente, e ela fez bico, balançando a cabeça.

— Oi, meus amores — senti alguém me abraçar por trás, e já soube quem era, principalmente pelo cheiro do perfume importado.

— Titio! — Manuella pulou no colo do Alisson que sorriu, e apertou ela entre seus braços.

— O que estava acontecendo aqui, hein? — ele me olhou, e ela já colocou sua cabeça por seu pescoço, escondendo o rosto.

— Manuella de mal criação e dizendo que o Jhon é chato!

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