Rebeca:
Estávamos eu, Manu, e o meu amigo de trabalho, Jhon, sentados em uma mesa de um restaurante muito chique daqui de Boston. O lugar era simplesmente maravilhoso!
Ele havia me chamado para jantar hoje quando estávamos no trabalho. Eu trouxe a Manu junto, para ela conhecer ele, já que, eu apresentava todos os meus amigos a ela, mas, ter trazido ela não foi uma boa idéia.
O jantar não estava indo como eu planejei. A Manuella, de primeira, só pela cara que ela fez quando viu o Jhon, não gostou dele.
O que resultou em várias perguntas.
— Por que você quis sair com a minha mamãe? — arqueou a sobrancelha, me fazendo respirar fundo mais uma vez.
— Porque somos amigos! — respondeu, com um sorriso.
— Já chega de perguntas, né, Manuella? — encarei ela, que se encostou na cadeira e cruzou os braços.
— Isso aqui está muito chato — resmungou, e por debaixo da mesa, eu catuquei ela com a perna, que ajeitou sua postura.
— Quando sairmos daqui, podemos ir ao parque! — Jhon continuou com o sorriso, e ela fez careta.
Antes que ela respondesse algo, eu fui mais rápida.
— Não vai dar! Quem sabe outro dia. — sorri gentil, diferente da criança do tamanho de uma tampa que estava ao meu lado com a cara emburrada.
Se ela não gostasse de alguém, nem macumba faz ela gostar. Pior é a cara que ela fica pra pessoa. Já repreendi essa atitude dela várias vezes, mas adianta porra nenhuma!
Nossas comidas chegaram, e já sabemos como foi o resto do jantar, né?
Ela ficou em silêncio, graças a Deus! As vezes prefiro ela quieta do que falando.
Quando terminamos, ele pediu para nos deixar em casa, mas eu recusei. Me despedi dele, e fui embora rapidamente com a Manuella.
— O que conversamos antes de sair de casa? — cruzei os braços, parando de andar.
— Que era pra mim me comportar — repetiu o que eu havia falado, e fez bico.
— Então, Manuella!
— Mas, mamãe, aquele cara é muito chato!
— Você não pode falar isso das pessoas sem conhecê-las! — fiz cara feia pra ela.
— Eu conheci ele o suficiente pra saber que ele é chato e sem graça! — rebateu, e eu franzi a testa.
— Foi isso que eu te ensinei? Julgar as pessoas e ser mal criada? — perguntei, e ela passou as mãos pelo cabelo.
Ela sempre fazia isso quando tinha a resposta na ponta da língua, mas não queria me responder, ou, quando estava nervosa e irritada.
Ela puxou a mesma mania dele.
— Desculpa!
— Muda essa sua atitude, ou, eu não te levo mais para sair! — falei seriamente, e ela fez bico, balançando a cabeça.
— Oi, meus amores — senti alguém me abraçar por trás, e já soube quem era, principalmente pelo cheiro do perfume importado.
— Titio! — Manuella pulou no colo do Alisson que sorriu, e apertou ela entre seus braços.
— O que estava acontecendo aqui, hein? — ele me olhou, e ela já colocou sua cabeça por seu pescoço, escondendo o rosto.
— Manuella de mal criação e dizendo que o Jhon é chato!
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Não Existe Mais Amor
RomanceCinco anos se passaram. Cinco anos de lembranças que foram deixadas para trás, e um amor que foi destruído. Matheus e Rebeca eram novos demais para entender o amor e vivê-lo naquela época. Mas, será que agora estão preparados para vencer o orgulho...