Capítulo: 18

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Rebeca:

Eles ficaram conversando e cantando uma música aleatória que tocava no rádio, enquanto eu estava com a cabeça encostada na janela, quieta na minha.

Eu estava me sentindo muito cansada, já que essa noite eu não havia dormido nadinha.

Eu nem vinha mais, porque tinha desanimado, porém, lembrei que a Nathy estava muito animada pra vim, e se eu não vinhesse, ela com certeza não viria, e eu não iria cortar o barato dela. Apesar de que, todos eles ficariam chateados comigo, principalmente a Luana.

E eu já estava sentindo falta da Manuella, eu nunca fiquei tanto tempo longe dela como vou ficar agora.

— Tá tudo bem, Rebeca? — escutei a voz do Andrei, e direcionei o olhar pra ele, que me encarava pelo espelhinho da van, enquanto dirigia.

— Tô sim — tirei a cabeça da janela, e ajeitei minha postura. Nesse momento, todos eles já tinham parado de conversar e cantar.

— Tem certeza? — agora foi a vez do Ruan, que estava com a cabeça virada para trás, diretamente pra mim.

— Só tô cansada, essa noite eu não dormi.

— Por que? — Luana perguntou, e a Nathália me encarou com os olhos cerrados. Ela era a única que sabia o motivo pelo qual eu não havia conseguido dormir.

— Estava tão ansiosa pra vim, que nem consegui dormir — dei de ombros, e ela e a Melissa ficaram me olhando como se não tivessem acredito nisso.

Elas mais do que ninguém me conhecem mais que qualquer um nesse mundo, até mais do que eu mesma me conheço.

Porém, eu não diria o real motivo aqui e agora, por causa dos meninos, que são amigos dele.

E além de tudo, eu não estava afim de falar agora, então apenas voltei a encostar a cabeça na janela, e dormi o resto da viagem.

● ● ●

— Amiga, amiga, chegamos! — abri meus olhos com a Nathália me chacoalhando igual um brinquedo de cachorro.

— Acordei, acordei... — ri, enquanto ia me recompondo.

Eu estava me sentindo bem melhor, e o ânimo tinha até voltado.

Todos nós saímos animados da van, e nem pegamos nada, deixaríamos pra pegar só depois.

— Tá tudo igual a antes... — Melissa disse olhando ao redor da rua, e concordamos.

— Mentira, aquela casa ali lá no final da rua era azul e tinha umas plantinhas na entrada. Agora tá marrom, sem platinhas... — Lucas colocou a mão no queixo, e fizemos careta por ele lembrar disso. — Prefiria antes.

— Vem, rapaziada! — Andrei chamou nossa atenção, assim que abriu o portão. — A casa continua a mesma coisa, até porque ninguém veio aqui depois da gente. E se duvidar, até a água da piscina é a mesma...

— Pelo menos é a água da nossa bunda mesmo — Felipe deu de ombros, e rimos.

— Então, pera, se ninguém veio aqui depois da gente... — dei uma pausa dramática, e todos eles me olharam, esperando que eu continuasse. — Então, a barata ainda tá lá dentro.

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