Não Existe Mais Amor

Capítulo: 52

Rebeca:

"Desculpa não ter me despedido de vocês, é que tive que sair bem cedo para resolver umas coisas, e não queria acordar ninguém. Mais tarde tenho que conversar com você.

Matheus."

E aquilo era o que estava escrito em um papel que estava em baixo do meu celular em cima da mesa da sala.

Encaro aquilo por mais um tempo, e então deixo novamente em cima da mesa e vou para a cozinha.

- Mas então, mamãe, eu vou ter que dividir o quarto com o Miguel? - minha filha pergunta, enquanto comia algumas panquecas.

- Não sei, amor. Por enquanto ele ficaria no meu quarto - digo, me sentando de frente para ela.

Aqui havia dois quartos e uma suíte. A suíte era minha, um dos quartos da Nathy, e o quarto vazio ainda estávamos arrumando para ser da Manuella, então ela dormia ainda comigo.

Mas quando o Miguel estivesse maiorzinho e caso estivermos morando aqui ainda, ele dividiria o quarto com a irmã.

- Já vou indo! - minha mãe vem lá de dentro com sua bolsa, e deposita um beijo na bochecha da Manu, em seguida dando um abraço apertado nela. - Já viu as coisas do Miguelzinho, filha?

- Vou dar uma olhada na internet ainda, mãe - respondo, e ela vem até mim.

- Não enrola pra ver isso, Rebeca! - me repreende, e beija minha cabeça e minha barriga.

- Não vou! Estava querendo ver o enxoval com o Matheus, sabe? - digo baixinho, e então ela me olha. - Antes do julgamento...

Ela dá um sorriso de lado, e assente.

- Vai dar tudo certo!

Ela então se despede mais uma vez da Manu que estava concentrada em seu café da manhã. As vezes acho até que minha mãe gosta mais dela do que de mim.

- Beijos, mãe! - digo um pouco alto quando ela já está na porta.

- Beijos, meu amor! - ela abre a porta e sai, mas logo coloca só a cabeça para o lado de dentro. - Seu pai deve vir te ver essa semana. Ele tá muito sobrecarregado com as coisas do trabalho.

- Tudo bem! - respondo, e ela dá um sorriso de lado e logo sai.

- Mamãe, já que agora eu fui promovida a irmã mais velha, ele vai ter que me obedecer? - a Manu pergunta do nada, e até me engasgo com o suco.

- Meio que sim, né? - digo meio confusa. - Eu nunca obedeci a Rayssa!

- Mas se ele não me obedecer eu jogo ele pela janela! - diz séria, e arregalo os olhos.

- Ou sua doida, pode fazer isso não!

- Estou apenas brincando, mamãe! - ela solta uma risadinha baixa.

Cerro os olhos, e logo o meu celular toca, mostrando que era o meu pai.

Fico um tempinho com ele no celular, que me ligava praticamente todos os dias.