Capítulo: 51

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A mulher de cabelos ruivos um pouco desbotados me encara fixamente, parecendo me reconhecer também.

Eu na real não tinha certeza se era a Vivian ou não. Mas por um lado eu sabia que era, só não queria admitir pra mim mesmo que eu havia trombado com essa mulher logo agora.

Paro de encará-la assim que meu celular começa a vibrar no meu bolso, e então nego com a cabeça me afastando dali, e deixando o Guilherme sozinho com ela.

Eu nem prestei atenção em quem era, apenas atendi logo.

Ligação on:

— Oi?

— Matheus, desculpa estar te ligando nesse momento, você deve estar prestes a saber o sexo do seu filho e...

— Pode dizer, Patrícia — interrompo a mesma, que solta um suspiro.

— O seu julgamento foi desmarcado de semana que vem para depois de amanhã, e eu precisava te avisar o quanto antes para você ir se preparando!

— O quê?! Como assim? — fecho os meus olhos quando o meu nervosismo sobe no mesmo instante.

— Eu também fui pega de surpresa!

— Puta que pariu! — começo a andar de um lado para o outro.

— Eu tenho uma carta na manga, Matheus! — ela diz tão confiante, que me faz parar de andar no mesmo instante. — Só confie em mim, okay?

— Eu confio!

— Bom garoto! Agora aproveita o seu momento aí, porque você merece!

Ligação off:

Tiro o celular da orelha, e olho, verificando se ela realmente tinha desligado.

Que porra de carta na manga é essa?

— Ei! — sinto uma mão em meu braço, e encaro rapidamente a Rebeca que tinha os olhos arregalados. — Desculpa se te assustei.

— Não, relaxa!

Ela continua me encarando, e logo leva o olhar para o celular que estava em minhas mãos.

— Aconteceu alguma coisa? Vi que você estava falando com alguém no telefone antes...

— Não era nada demais! — me aproximo um pouco dela.

Eu não queria estragar esse momento dela. Ela com certeza ficaria preocupada e eu não queria ser o culpado disso.

— Ok então! — deu de ombros, ainda desconfiada. — Bom, já podemos ir lá...

Logo um sorriso brota em seus lábios, e seus olhos se tornam um brilho só.

Ela estica seu braço em minha direção, e com um sorriso nos lábios eu seguro em sua mão.

Caminhamos até uma sala de mãos dadas, não só como se fôssemos pais da criança, e sim como amigos.

Assim que entramos, a Doutora já nos olha com um sorrisinho meigo, e nos cumprimenta.

Não Existe Mais Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora