Capítulo: 20

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Abri os olhos assustada, e com a testa pingando suor. Que porra de sonho foi esse?

Passei as mãos pelo rosto, verificando se isso mais uma vez era coisa do meu subconsciente, e percebi que graças a Deus não.

Suspirei, e olhei ao redor, vendo tudo claro, mas as meninas e o Alisson ainda estavam dormindo. Peguei meu celular que estava do meu lado, e vi que era 07:28h da manhã.

Levantei quase que correndo dali, nem ligando se iria acordar elas ou não, e fui em direção ao banheiro do corredor. Assim que eu abri a porta rapidamente e entrei, dei de cara com o Matheus lá dentro sem camisa, fazendo eu soltar um gritinho.

Nós dois arregalamos os olhos, e eu me virei desesperada pra sair de lá, mas acabei batendo de testa no batente da porta.

— Aí... — foi a única coisa que eu consegui dizer antes de colocar a mão no local e fechar os olhos, no instante que começou a doer.

Escutei ele dizer algo que eu não consegui ouvir, mas no momento eu estava tão constrangida que nem tive vontade de olhar pra ele.

Sua mão tocou meu braço, e eu me afastei rapidamente dele. 

— Se machucou? — perguntou, e eu apenas neguei com a cabeça, ainda sem olhar pra ele.

Eu estava sentindo minha cabeça doer muito, e tudo rodar. A qualquer momento eu sentia que iria desmaiar.

— Acho melhor você colocar alguma coisa aí — senti sua voz mais próxima, e sabia que ele tinha se aproximado mais de mim.

— Não... Não precisa... — respondi, com a voz toda falhando, e ainda sem conseguir me mover do lugar. Com certeza se eu estivesse sozinha, estaria chorando horrores.

Assim que eu ia me mover pra sair do lugar, sinto sua mão nas minhas costas, e ele meio que me empurrando pra fora do banheiro.

Tirei a mão do local, e abri os olhos, encarando ele que logo segurou meu pulso, e me puxou lá pra baixo.

— Teimosa... — murmurou.

Assim que chegamos na cozinha, ele apontou para que eu sentasse, mas eu continuei imóvel.

— Você quer que eu te coloque sentada também? — perguntou sério, me fazendo revirar os olhos e minha cabeça doer mais.

Ele foi até a geladeira, e abriu a porta do congelador. Enquanto ele pegava sei lá o que, eu me sentei no balcão que era um pouco alto, mas não porque ele pediu, e sim porque eu quis.

Enquanto eu estava focada na minha dor, vejo a sombra dele parada na minha frente, com um gelo enrolado no pano de prato.

O mesmo se aproximou mais de mim, ficando quase que entre minhas pernas, e colocou a mão no meu queixo, levantando mais meu rosto. Meus olhos ficaram fitando os seus, e a primeira coisa que veio na minha mente foi aquele sonho, o que fez eu engolir em seco por conseguir lembrar de cada detalhe.

Sai dos meus pensamentos e fiz uma careta, assim que ele colocou o gelo na minha testa, no local que eu havia batido com muita força.

— Tá doendo? — me olhou preocupado, reparando em cada traço meu. Eu com certeza estava com cara de acabada, eu nem escovei os dentes ainda.

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