Capítulo: 12

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Rebeca:

— Eu gostei daquele tio, mamãe! — tirei os olhos dos sapatos da Manuella, e encarei ela, que ainda degustava aquela mini pizza. 

— Por que? Só por causa da pizza? — perguntei, e tirei os olhos dela novamente, enquanto arrumava o sapato dela, que caiu pela terceira vez do pé dela.

— Também! — soltou uma risadinha, e respirei fundo, me levantando. — Ele é tão legal quanto o tio Guilherme! Aliás, eu ainda tô esperando o sorvete que ele prometeu que iria pagar para mim! — fez uma careta, o que me fez rir. 

— Todo mundo consegue te comprar com comida, garotinha! — apertei de leve o seu pequeno nariz, e ela sorriu sapeca.

— Rebeca, amor da minha vida! — escutei a risadinha cínica do Alisson atrás de mim, o que fez eu me virar, e cruzar os braços.

— Cadê o Mike? — perguntei sem mais delongas, e ele sorriu de uma forma que fez meu coração disparar, e eu descruzar os braços na mesma hora. — Cadê o meu filho, Alisson?

— Rebeca, que tal sentarmos, hein? — ele segurou no meu braço, e me colocou sentada a força na cadeira atrás de mim. — Manuzinha do titio, vai lá brincar, vai! — apontou para um canto, e ela deu de ombros, logo indo.

— Fala logo, senão eu vou te esganar! — suspirei de raiva, e ele segurou nas minhas duas mãos.

— Eu perdi ele.

— O QUÊ? — me levantei rapidamente, e ele arregalou os olhos, me puxando para sentar novamente.

— Eu juro que foi sem querer! Quando eu estava voltando da casa dos meus pais, ele se soltou da coleira, quando eu fui ver, ele tinha metido o pé! — mordeu os lábios, com suas pernas se balançando sem parar.

— Não, não... — coloquei as duas mãos no rosto, respirando fundo, e olhei para ele novamente, com os olhos lacrimejando.

— Eu cheguei a procurar ele, mas nem sinal! — se levantou, e ficou andando de um lado para o outro. — Eu te dou outro!

— Não! Eu não quero outro cachorro! — me levantei também, e ele parou de andar, me encarando.

— Rebeca, por favor, mantenha a calma. Quando a festa acabar, nós vamos procurar ele por cada canto dessa cidade! — me abraçou, quando percebeu o meu desespero. — Me perdoa...

Funguei, e balancei a cabeça, querendo matar ele aqui mesmo, mas mantive a calma.

— Vai lá no banheiro ajeitar essa maquiagem — pegou minha bolsa que estava em cima da cadeira, e me entregou, logo me empurrando, que apenas reclamei e continuei andando em direção ao banheiro.

Eu queria chorar, chorar muito, só de pensar no que meu neném poderia estar passando agora.

Mas, olha, quando esse casamento acabar, eu vou fazer o Alisson rodar até a puta que pariu pra achar meu cachorro!

Ah, eu vou!

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Melissa:

Não Existe Mais Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora