Capítulo: 38

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Rebeca:

Ali estava um clima muito constrangedor.

O Matheus estava vermelho de ciúmes, sua cara não escondia nadinha, o Guilherme super de boa com a situação, assim como a Manuella, e eu totalmente sem saber o que fazer.

Ela gosta muito do Matheus, e é super grata por ter ele como pai. Mas ela também gosta muito do Guilherme, porque antes do Matheus dizer ser pai dela, ela já via o Gui como uma figura paterna que ela nunca teve, mesmo que eles se conhecem tão pouco, e eu só fui perceber isso exatamente agora.

Mas ela é apenas uma criança, que mesmo sabendo que agora tem um pai, ela ainda vai continuar tendo um certo apegado a ele. Como eu disse ao Matheus, a Manuella é carente.

Ô tio, você sabia que minha mamãe tá grávida e eu vou ter um irmão? — ela fez cara de nojo, e quase abri minha boca em um O por ela ter falado isso logo agora.

O Guilherme mudou totalmente sua expressão, assim como o Matheus, que pareceu estar com raiva por eu não ter falado antes pra ele.

O que eu posso fazer? Meus pais e minha irmã só foram saber ontem também!

Eu nunca vou esquecer das reações deles. Acho que ainda foi mais chocante do que de quando eu disse que estava grávida da Manuella.

E minha mãe ainda estava jurando de pé junto que era do Guilherme, achando que eu estava tendo relações sexuais com ele. Aquilo foi vergonhoso demais, ainda mais porque a Rayssa estava do lado, e ela já se relacionou com ele anos atrás. Bom, ela pareceu não ligar, mas fiquei me sentindo uma péssima irmã. Ainda temos que conversar sobre isso.

Ah... Sério? — ele me olhou, e balancei a cabeça positivamente.

— E eu sou o pai! — Matheus tomou a frente da situação, e ele levantou as sobrancelhas, parecendo incomodado com isso, mas rapidamente disfarçou.

— Desejo felicidades à vocês! — ele sorriu, o que me fez retribuir. — Já tenho que ir!

— Poxa! — Manuella fez bico, e eu já estava rezando mentalmente para que ele fosse logo.

— Infelizmente tenho que voltar ao trabalho, pequena! — se lamentou, e deu um beijo na cabeça dela, logo colocando ela no chão. — Quando eu estiver de folga, te busco aqui para sairmos com a sua mãe!

Olhei de relance para o Matheus, que observava tudo de braços cruzados e calado, não gostando nada do que estava acontecendo.

Ele logo se despediu de mim, e em seguida do Matheus, que não deu muita bola, mas retribuiu o aperto de mão.

Ele entrou em seu carro, e deu partida, sumindo de nossas vistas segundos após.

Tirei o olhar da rua, assim que ouço a Manuella bufar do nosso lado.

— Ele e o papai deveriam ser amigos! — disse, e entrou lá pra dentro, deixando nós dois a sós.

Logo levei o olhar pra ele, que me olhava puto pra caralho.

— Melhor você cortar isso dela logo!

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